CURTINDO A FAMÍLIA
MINHAS VISITAS A NATAL
Todos os anos me preparo para curtir alguns dias na capital nordestina mais aconchegante e aprazível do Brasil.
Os preparativos são simples, e a mala é sempre leve, pois lá você se despe do peso das roupas, de problemas e estresse. Quase três horinhas depois de voo cruzeiro, logo o comandante avisa sobre a chegada, que teremos um lindo dia e que a temperatura local é de 28 graus.
Antes de o avião tocar no solo, já começa minha euforia com o clima que vejo lá fora e, após o pouso, o sol e a brisa já podem ser sentidos de forma prazerosa. A partir da chegada, começa a alegre recepção.
Sempre tenho uma chegada festiva junto à família mais gostosa do mundo. A começar por meu irmão, João, que vem logo ao meu encontro para conceder seu fraterno abraço. Toma as malas da minha mão e abre a porta do carro, dando início à tradicional serie de mordomias que sempre me oferece.
Enquanto eu observo as mudanças pelo caminho, ele vai comentando e me atualizando com o dia a dia dos outros irmãos e sobrinhos. Também já vai me adiantando tudo sobre a programação dos meus dias com eles, menos o que logo me espera em Candelária. Depois de passar por avenidas, viadutos e ruas, finalmente chegamos à rua onde vive minha querida mãe.
E ela estava colada ao portão, com o seu constante e receptivo sorriso, pronta para me abraçar. Não tem aperto mais gostoso do que o de mãe. Ali naqueles braços, nem via o tempo passar. Não tinha pressa, e, ela, como a relembrar algo especial, tornava a me apertar ainda mais, como se quisesse num só ato amenizar o muito tempo que passamos distantes.
Como aquele aconchego parecia não ter fim, meu irmão, compreendendo ou talvez um pouco enciumado, passou com as malas em direção ao quarto que foi preparado com todo carinho para ser meu, durante aqueles vinte dias. Tudo está disposto em cima da cama: toalhas novas, sabonete fino e roupa de cama impecável. E um aroma especial a envolver todo o ambiente do cômodo de dormir.
Quando já estávamos acomodados e depois de um belo banho tomado na ducha fria, começei a perceber que alguma coisa estava por acontecer. É telefone tocando sem parar, carro buzinando na frente e, quando menos espero, todos os nove irmãos estavam juntos mais uma vez. Mas você pensa que eles estavam sozinhos? Não. Junto com eles vêm os sobrinhos, cunhados e cunhadas, e logo a casa invadida se encheu de mais alegria e festa.
Esta talvez seja a única vantagem de morar a 3.000 quilômetros de seus familiares. O reencontro é a sensação mais indescritível que alguém possa imaginar. Beijos mimados, abraços colados e intermináveis, risos, sorrisos e gargalhadas passavam a tomar conta da enorme sala de prazer.
Aquele contagiante encontro seguia sem hora para acabar, sem respeitar horários, desrespeitando rotinas de trabalho e de estudos. Tudo em nome do carinho e amor que sempre nos unem. Ali relembramos fatos e revivemos velhas histórias, nos tornamos tão unos que parecíamos um só.
Como toda família, claro que temos nossas diferenças, por sermos pedras distintas, com superfícies à espera do instrumento afiado para lapidação, mas nessas horas nos esquecemos de tudo e nos perdemos nos braços uns dos outros, e festejamos.
Às vezes as horas que passo com eles são tão curtas que nem dá tempo de me inteirar de problemas. Quando passo um dia inteiro na casa de um, só dá oportunidade de falar de coisas boas. Acho que eles fazem isso de propósito, uma coisa pactuada, para eu achar que tudo ali é só maravilha.
Fico me revezando na casa de um e de outro, curtindo os cuidados ternos que cada um quer passar gentilmente. Sempre a casa seguinte é melhor que a anterior, como se estivessem fazendo uma espécie de competição, com apreciação e supervisão de uma banca de jurados rigorosos.
Recordo-me com muito carinho a última vez que estive por lá. A casa do irmão mais novo foi a última. Para ele coube a tarefa de fazer o melhor. Assim sendo, desfrutei de dias inesquecíveis na casa de João, na Praia da Redinha. Depois de um divino jantar, elaborado com frutos do mar, fomos para a varanda curtir o luau. Embalados por uma rede preguiçosa, até cometi o pecado de achar que Deus não existia.
Movido por aquele clima praiano, sob um belo clarão de lua, comecei a fazer os versos da poesia que vocês terão o prazer de ler. Dessa forma, vocês também poderão ser transportados para o exato momento em que eu curtia a magia de uma noite enluarada na Redinha, escutando as ondas do mar, sendo tocadas pelo vento, que soprava do mar para a terra. Algo realmente para ficar na memória para sempre.
REDINHA DO AMOR
Mulher é como uma flor
Brilha ao céu, bela flutua
Redinha a praia do amor
Sob o belo clarão da lua
Leve a brisa toca a alma
Atrai o desejo e aninha
Envolve o corpo, acalma
Ninho de amor Redinha
Banha os corpos ao mar
E o tempo deixar correr
Unidos numa rede amar
Juntinhos sonhar e viver
Nestes versos o sonho
Desenhado no arrebol
Ouve o cantar, risonho
Ao nascer e pôr do sol
Que cenário, tal beleza
Noite estrela escuridão
Sem lugar para tristeza
Nem o canto da solidão
Autor: José Maria Cavalcanti (texto e poesia)
Achei o texto lindíssimo e confesso que me causou até uma inveja
sadia por você ter uma família tão grande e que, quando todos estão
juntos, transmitem tanta alegria.
Acredito que a distância entristece, mas fortalece a união.
Parabéns pela linda familia que você tem e que
eu indiretamente também faço parte.
Oi Cavalca, tudo bem?
Fiquei contente em saber que você está bem e curtindo.
Gostei de ler sua prosa sobre a família e o passeio.
Abraços.
Quando se fala com o coração é assim, simples e com linguagem direta. Ser irmão é apenas um dos expoentes que compõem a mais valiosa das riquezas: a família.
Natal é a mais bela, mas em família é milhões de vezes mais prazerosa e aconchegante. João Cavalcante.
Também quero conhecer essa família linda que tanto ouço falar. Está em meus projetos! rsrs…
Também serão bem-vindos aqui.
Lindo, lindo, Cavalcanti.
Aumentou ainda mais a vontade de ir a Natal.
Abraços!
Li
Oi !!! tudo bem? FAMILIA é tudo de bom… quando estamos juntos tudo fica mais bonito mais alegre. gostei também quando vc fala da Redinha. a Redinha é um paraisooo.
abraço!!
Adorei, um texto muito bem escrito e posso imaginar a alegria de cada um que participou desse encontro.
Parabéns e muito sucesso!
Ana Cristina.
Olá Cavalcanti!
Parabéns por essa família linda!
Eu, enquanto lia, fiquei morrendo de vontade de participar desta agenda junto com vc rsrsrsrs…, e desfrutar das maravilhas de Natal.
E essa Redinha que delícia!
Abraços Saudosos!
Márcia!
Oi Zeca, estou aqui na casa de nossa mãe apreciando o belo texto escrito por você, coroado com os versos poéticos sobre a Praia da Redinha. Estamos saborendo uma carne de sol socada no bacon “A La Fran”, regada a uma loura mofada. Lena
Meu irmão, é muito bom ter você aqui conosco!É mais um tema para fazermos festa entre nós. Um abração da primogênita,Gracinha.
Suas visitas a Natal com duração de vinte dias e curtindo a família. Sua chegada e sua última visita que foi na casa do irmão caçula, na praia da Redinha. Ficamos ansiosos para que você decreva “o ínterim”.
Jodinaldo