Ratinho Simpático
TOPO GIGIO
As economias dos países do MERCOSUL, principalmente de Brasil e Argentina, vivem como um eterno mover de carrossel. Quando a saúde financeira de nossos irmãos está lá em cima, a nossa está lá em baixo, gritando por socorro, e vice-versa. Talvez como uma armação do destino, sempre a colocar um rindo da desgraça do outro, não deixando que os dois se coloquem no mesmo patamar.
Naquele ano não foi diferente, a economia não soprava os melhores ventos para os portenhos, e as ruas e avenidas de Buenos Aires estavam abarrotadas de brasileiros. Embora que os mais endinheirados argentinos ainda não tivessem deixado de curtir as delícias das praias de Pipa, Búzios e de Santa Cantarina, especialmente as do Balneário de Camboriú e de Floripa.
Como o pacote turístico para a capital mais europeia da América do Sul estava super em conta, a vida buenairense recebia levas e mais levas de vizinhos animadíssimos. Isto era inevitável, pois se podia comprar tudo muito barato, além de se comer muito bem, e de quebra estar em lugares lindos, curtindo um clima aprazível.
Aproveitando mais um dia de férias, depois de havermos almoçado no Pipo, saíamos para dar uma passeada para perder um pouco das muitas calorias adquiridas com as comilanças.
De repente, vejo que Tita olhava atentamente para uma vitrine de uma loja de presentes de uma das avenidas do centro. Aproximei-me e vi que de seus olhos escapavam algumas lágrimas.
Estiquei o olhar através do vidro e percebi que ali dentro havia três lindos bonequinhos, orelhudos e barrigudos, com roupinhas coloridas.
Quando para ela indaguei, conheci a causa daquela precipitação repentina. Aqueles bonequinhos, de olhos grandes e simpáticos, provocaram nela uma viagem no tempo, remontando a época de criança, quando vivera na capital argentina, dos quatro aos sete anos.
Sua tia Porota, embora fosse rigorosa com as proibições para conter o seu comer de unhas, sabia também ser muito carinhosa nos seus aniversários, fazendo questão que o tema da festa fosse sempre com a presença indispensável do bonequinho que a pequena Torta mais amava: o Topo Gigio.
Ver de novo o mesmo bonequinho, numa loja que não era exatamente um antiquário, provocou tantas emoções que Tita se viu novamente na varanda da cobertura do apartamento da Callao com a Lavalle, 492. Ali toda feliz, de sapatinho branco, com seu vestidinho de mangas compridas, com a tiara a emoldurar seu cabelo comprido. Seus olhinhos fixos no bolo, coberto com muitas velinhas, era uma visão que não podia se apagar da memória.
Fiquei também emocionado com o tanto que aquele safadinho representava que saí na busca do dono da loja para ver se aqueles itens estavam disponíveis para negociação. O marido pediu para que a esposa nos atendesse e, ao perguntar o preço dos bonequinhos, recebi uma negativa de venda como resposta, pois os brinquedos pertenciam aos seus filhos e estavam ali apenas para decoração.
Como os negócios estavam difíceis e muito mais para aquele ramo de comércio, diferentemente das vendas de roupas, calçados e restaurantes, o marido veio logo ao nosso alcance. Sua ideia era se inteirar daquilo que estava ocorrendo, ao ver que a cliente seguia tristonha com o atendimento.
A esposa do negociante o chamou para longe da gente para uma conversa particular. Logo começaram a discutir, e ele se dirigiu ao nosso encontro dizendo que tudo que estávamos vendo era para ser vendido, inclusive os bonequinhos. Aquilo irritou a esposa dele de tal maneira que ela saiu xingando o marido, retirando-se do ambiente.
Ao vermos que o circo estava pegando fogo, ficamos receosos de ter sido a causa de uma briga familiar e quisemos nos retirar, mas fomos alcançados pelo senhor da loja. Ele insistiu: “Não se preocupem, aqui tudo está para ser vendido!”. Diante da posição e querendo agradar a Martita, resolvi perguntar o preço do Gigio, e o comerciante anunciou:
– Cada boneco sai por 100 dólares, caso queiram realmente comprar!
Olhamos um para o outro de tão assustados que ficamos com o preço cobrado, sabendo que a inteção dele, com certeza, era de nos afugentar.
Mas ele teve uma surpresa inesperada. Antes de mais nada, reagi dizendo que levaria ao menos um, assim não causaria tantos problemas para o casal e alegraria por demais a Tita, restando a ela escolher qual ela levaria.
Vocês precisariam ver a carinha de felicidade que ela me fez. Aquela reação afetiva já valia a pena pela quantia elevada a ser paga para o esperto lojista. A dificuldade se deu ao definir qual seria o escolhido, pois todos eram especiais, embora os anos tivessem dado a eles um aspecto empoeirado, e as roupinhas já exibissem as marcas do tempo.
Depois de apontar o que tinha a roupinha listrada, com boné na cabeça e a calça azul, o dono da loja logo tratou de fechar a compra, sem necessitar embrulhá-lo para presente, pois o Gigio já saiu de lá recebendo carinhos e afagos.
Após a saída da casa comercial, nós pegamos um táxi para regressar para o hotel. Quando chegamos ao quarto, nem precisei perguntar para Tita se ela estava feliz, pois seu olhar e gestos diziam tudo. Ela olhava sem parar para aquela raridade, como se estivesse hipnotizada por ele. Aproveitei para perguntar para ela se havia se assustado muito com o preço, e ela retrucou dizendo que não. Que o que havia assustado mais a ela fora minha reação de comprá-lo imediatamente.
A sinceridade de Tita arrancou de mim uma gargalhada gostosa, mas aquela impressão que eu passava de pão-duro me marcou muito. Talvez seja por isso que eu tenha comprado no ano seguinte mais dois bonequinhos daqueles na Feira de Antiguidades de San Telmo, querendo desfazer esta imagem ruim.
Autor: José Maria Cavalcanti
Quem não se recorda desse ratinho… Deixe um COMENTÁRIO!
Clique aqui:https://bollog.wordpress.com/2011/07/03/ratinho-simpatico/#comments
Para quem não conheceu o encantador ratinho, darei algumas informações. Ele era um sucesso na Itália, desde que foi criado em 1958 por Maria Perego. Chegou aos Estados Unidos antes da Argentina, nas terras platenses ficou de 1964 a 1968, depois seguiu para o Uruguai e, em 1969 chegou ao Brasil, permancendo até 1971. Ele fez muito sucesso na companhia de Agildo Ribeiro, o qual se apresentava com o simpático ratinho. Depois Regina Duarte e Miele também fizeram companhia para Topo Gigio nas suas aparições na Rede Globo.
Para matar a saudade, postei um vídeo do Topo Gigio. Não deixem de ver!
Voltar ao passado e reviver momentos que marcaram minha vida é muito gostoso, é incrível como um ratinho tão lindo e sapeca pode marcar tanto uma vida.
Essa história é real e eu me lembro de cada detalhe dela, lembro de como chorei ao ver o Gigio tão lindo naquela vitrine. Lembro da esposa do dono da loja tão zangada por saber que ela ficaria com menos um. Ah se ela soubesse como ele é importante na minha história e como ele está em destaque no meu quarto. Hoje tenho três Gigios e os guardo com muito amor e carinho. Lembro que a primeira vez que a Eliane esteve em minha casa ela se encantou e de alguma maneira também voltou no tempo ao ver meus lindos Gigios em meu quarto, não sei o porque, talvez ela nos conte em seu comentário que estou segura que fará. Guardo comigo fotos de meus aniversários onde a presença do Gigio era indispensável. Que saudades de um tempo que não volta mais, mas que com certeza estará marcado para sempre em minha vida, mais ainda com este lindo conto.
Obrigada ao meu especial marido que mais uma vez me presenteia com uma passagem tão linda e especial da minha vida e que ele relatou lindamente.
Obrigada por fazer parte da minha vida e me fazer tão feliz.
Te amo muito.
Besos
Tita
Cavalcanti essa linda história real está me provocando agora uma emoção e prazer que não tem tamanho.
Uma mistura de sentimentos.
Sim porque esse ratinho retrata tantas coisas, tantas lembranças quando eu tinha 6 aninhos de idade. E olha que faz muitoooo tempo que eu tive 6 anos. kkk!
Que fofo este ratinho.
Eu recordo que eu amava morder as orelhas dele. Nossa que imagem viva estou neste momento daquela época.
Eu não tinha muitos brinquedos pois minha mãezinha lutava pra não faltar alimento em casa.
Uma moça filha dos patrões de minha avó, me deu uma caixa de vários bichinhos de borracha e veio esse ratinho junto. Que imensa alegria fiquei ao receber os brinquedos.
Minha felicidade era tanta que eu quis dividir isso com minhas coleguinhas na rua. Eu achava que eles teriam a mesma emoção que eu tive. Então quando alguém gostava muito de um dos meus bichinhos e pedia eu acabava dando.
De todos os bichinhos de borracha o simpático ratinho foi meu grande companheiro nos dias em que eu me sentia um pouco só. E lá ia eu morder a orelhinha dele.
Saudades!
Obrigada por provocar essas lembranças!
Linda história Marta. Posso imaginar o que você sentiu ao ver aquele ratinho na vitrine da loja.
Topo Gigio meu fiel amigo de infância.
Ai acho que vou chorar.
Bom demais matar saudades.
Bjs!
O encanto desse boneco era que, além de carismático, sempre aparecia dando demonstração de educação e higiene para motivar as crianças a cortar as unhas, escovar os dentes, limpar as orelhas, tomar banho e a rezar antes de dormir. Ilustrava as capas dos cadernos escolares, mochilas e camisetas. A fábrica de brinquedos Estrela lançou o boneco em borracha o que o diferenciava dos outros feitos em plástico. Com o sumiço do Topo Gigio da TV brasileira apareceu o personagem do “sugismundo”, que ensinava também boas maneiras, sempre com uma mensagem em suas aparições: “povo desenvolvido é povo limpo”.
As lembranças da infância ficam marcadas para sempre e, quando boas, nos remetem a revivê-las. Como é bom lembrar de coisas que nos emocionam. Belo texto.
Olá!
Esse bonequinho realmente fez parte de muitas histórias de vida, e ao saber que também fez parte de sua história, Marta, entendo que realmente as pequenas coisas nos faziam muitos felizes, principalmente naquela época de muitas dificuldades.
Fiquei feliz em saber que nem ao menos imaginávamos ser amigos hoje, e o mesmo bonequinho tivesse feito parte de nossas histórias.
De sua amiga (irmã)
Márcia
Oí , Maria Marta, que bom escritor que você tem pertinho, como o relato da torta, também gostei deste, é o mais importante pra mím é descobrir um lado muito lindo da minha prima na sua infância e no seguinte decorrer da sua vida. Bom é saber que aqueles que continuamos sendo crianças seguimos sendo puros, como todo ser que chega ao mundo a cumprir uma missão, mais sem nunca deixar de lado o amor, a pureza e ese don de seguir sendo criança e amando con a intensidade que só tem as crianças. O tOPO GIGIO também tuvo muito significado na minha infância y aquela simpatía e saídas que tinha dando suas respostas, e também a sua doce voz e mudanças em seus tons, que vendo nos videos se bem muda o idioma, sua voz e a mesma. Evidentemente um personajem que ficou como um grande amigo e companheiro na vida de muitos de nós. Apesar da distância e de ese rebelde destino de separar lazos de familia, te digo do fundo do meu coração que TE QUERO MUITO
Querido Primo,
Realmente es maravilloso tener un escritor de ese nivel en mi vida y disfrutar de homenajes tan lindas.
Me quedo feliz en saber que Gigio también hizo parte de tu niñez.
“La distancia une o separa las personas, pero no hay nada que pueda borrar los lindos momentos que pasamos juntos.”
Estoy segura que nuestro encuentro en Mar del Plata estrechó más nuestros lazos familiares.
También te quiero mucho.
Bem, sinceramente não lembrava mais desse personagem. Abrindo o baú, cheguei a ver inúmeros aparições de Agildo Ribeiro com esse bonequinho na TV. Marta vc usa uma frase que repassa o passado como algo….”Que saudades de um tempo que não volta mais”. Precisamos desconstruir isso. No momento estou lendo um livro, o título é: Aprender a viver de Luc Ferry. Segundo ele: “retomemos as sabedorias gregas a idéia do celebre – carpe diem- “aproveita o dia de hoje” dos antigos, ou seja, a convicção de que só vale a pena viver a vida que se situa no aqui e no agora, na reconciliação com o presente. {…} Os dois males que estragam nossa existência são a nostalgia de um passado que não existe mais e a espera de um futuro que ainda não existe, {…} perdemos a vida tal como é, a única realidade que vale porque é a única verdadeiramente real: a do instante que deveríamos aprender a amar tal como ele é”(p.274). Assim continuo a desconstrução com suas próprias palavras; “os gigios estão presentes com destaque no quarto”. A autoria do momento da aquisição e do conto está ao seu lado; este percebe com maestria o instante que eles estão vivos. O momento é do sábio que sabe captar as luzes que ofuscam a todo instante ao redor. Vc está sendo a luz
José María. Que bello relato!!! Y creo que a quienes durante la infancia crecimos “esperando que llegara Topo Gigio” en su breve espacio de tv, nos transportaste en el tunel del tiempo.
Tan inocente, tan naif, tan dulce y tan querible, un personaje que quedó en el corazón de toda la generacion que lo disfrutó.
Gracias por el buen momento, gracias tambien por la generosidad del y finalmente gracias por hacer feliz a mi querida prima.
Jose María!!! Bello relato! Verdaderamente nos has transportado lejos y gratamente a quienes crecimos esperando que llegara “Topo Gigio” en su breve espacio en la tv,
Cuanta inocencia y humor limpio, blanco.
Gracias por tu generosidad en el relato, gracias por el buen momento y gracias por hacer feliz a mi querida prima
Querida prima,
Gracias por compartir conmigo este lindo momento.
El Topo Gigio hizo parte de mi niñez y lo guardo con mucho cariño
en mi corazón y habitación.
Besos
Creo que conforma parte de la niñez de todos aquellos que lo conocimos por su ternura y simpatía.
Celebro la capacidad de emocionarnos, de conservar una partecita de niños capaces de disfrutar lo que la vida nos presenta.
Besos a mi querida prima
Voltar ao passado é muito bom, e tudo que fazemos para fazer pessoas felizes e alegres não tem preço.
Quien era ese ratoncito? no me acuerdo!!! claro es que soy tan joven y seguro no lo conoci…..mmmmm !!!
Ay José que haremos contigo? Esas historias,la verdad es que sos buen escritor y me imagino la escena de MM mirando el muñeco y la dueña del negocio con cara de que este muñeco de aca no sale!!!
Si recuerdo que lo que me gustaba eran sus movimientos y el latiguillo:….a la camita!!! un Dulce, pero ya no se ven esas tiernas historias, Que pena!! Lo que es realmente más lindo que el Topo es la forma de manifestarle tu amor a Martita.. GENIAL!!! muchas envidiamos a la prima.
Besos los quiero!!
Pedro Fernandez 03/07/2011 às 8:06 pm
Mestre:
muito bom seu conto sobre o topo gigio. Eu me lembro de ese personagem e
a afinidade da Marta com êle. Gostei da hitoria parabens.
Boa semana.
Pedro.
O melhor do momento que deu-nos o TOPO GIGIO no presente, é que reuniu vários membros da familia en esta abençoada página. Parabéns sempre nosso GRANDE e QUERIDO José Maria Cavalcanti
Hola Marta:
No pude verlo hasta hoy porque nos fuimos el fin de semana a la costa con unos amigos. Mucho Frío pero la pasamos muy lindo!!
Me encantó!!! Divino el TOPO GIggio. Es parte de nuestra infancia. Se lo mostraré a las nenas.
Besos a vos y tu marido,
Fabiana
Vô, eu gostei muito da história do Topo Gigio. Li com minha mãe ontem. Ela gostou também porque a fez lembrar que quando ela era pequena ganhou de presente um lindo e simpático ratinho. Minha tia Camilla também ganhou um muito lindo.
Hoje o da minha mãe está com minha tia Nati e o da minha tia está comigo.
Valeu Vô e obrigado pelos presentes.
Gustavo e Fiamma.
Gu, o Topo Gigio fez muito sucesso, e eu não poderia deixar de presentear sua mãe e sua tia Camilla com o querido ratinho.
Ele fez parte da infância de muitas pessoas e ainda continua encantando a muitas outras.
Ainda bem que você guarda com carinho um deles, e talvez sua mãe receba da tia Nati o dela de volta.
Fiquei muito feliz porque você gostou da história.
Abraços do seu avô.
Oi Cal e Marta….
Por incrível que pareça, ontem o Giovani estava procurando um filme para assistir entre seus DVD´s e ele escolheu o do Topo Gigio. Lembra Marta, quando nós compramos juntas pela Internet?? Pois bem, eu acabei assistindo uma das historinhas com ele. E hoje estou lendo este lindo conto aqui no Blog. Muita coincidência!! O Gigio também faz parte da minha infância, e para minha tristeza eu não tenho mais meu bonequinho. Só saudade.
Beijão para vocês.
Dê
Ao abrir esta pagina me emocionei tb em rever um ratinho que fez parte da minha historia…Como é bom ter pessoas que sentem o prazer em escrever e nos mostrar através de fotos um pouquinho do nosso passado..Reviver e Viver é bom demais!!!
Renata, que legal você por aqui!
Fiquei muito contente porque o texto causou emoção e fez você viajar no tempo.
Volte sempre!
Ganhei de presente o meu Gigio de um vizinho que o achou caído no seu quintal. Com certeza alguém ficou sem seu bonequinho de estimação e eu ganhei o meu. Até hoje ainda está comigo,mas só vim a saber da verdadeira história muito tempo depois, pois o amigo nunca havia me falado da origem do ratinho encantador.
Helena
Tinha perdido o meu Gigio… que volta hoje a mim por devolução de uma amiga. Foi por engano em suas coisas dentro de uma caixa uns 2 anos atrás. Que bela surpresa, ele voltou apenas com a camiseta e a cuequinha, porém voltou. É muito amado esse ratinho.
O Topo Gigio marcou muito em nossas vidas. O bonequinho era encantador. Os filminhos também eram graciosos. Foi uma mania que permaneceu por muitos anos, creio que foram uns dez ou doze anos de convivência.
Hoje ainda se encontra muitos por aí, em antiquários ou nas casas daqueles que foram mais cuidadoso com o amiguinho simpático.
Transcrevo o comentário de um dos fãs do Gigio.
“Minha mãe diz que o primeiro filme que assisti no cinema foi Branca de Neve e os Sete Anões, da Disney, e que me apavorei com a cena em que os anões se livram da bruxa. Não me lembro de nada disso. Na minha memória, o primeiro filme que vi na tela grande foi uma versão adaptada do Balão Vermelho, aquele filme francês do Albert Lamorisse, mas estrelado pelo Topo Gigio. O ratinho orelhudo deve ter sido um dos heróis da minha infância. Eu tinha uma camiseta com o Topo Gigio, tinha um disquinho com o Topo Gigio cantando Meu Calhambeque, e tinha também um boneco do Topo Gigio. No filme, do qual já não me lembro o nome, o ratinho faz amizade com um balão vermelho que andava perdido pela rua. Lá pelo fim da história o balão estourou e me deixou chorando, inconformado com a crueldade do destino e achando muito fraca a solução encontrada para que os amiguinhos continuassem juntos, com o balão agora transformado em cortina de banheiro. (comentário de Affonso Guerrero).
Criança é um bicho bobo mesmo.
Recordo-me que com meus idos 12 anos de idade me fascinavam aqueles pequenos bólidos coloridos da Hot Wheels, mas não podia tê-los, pois eram caríssimos.
Porém nunca desisti deles. Hoje perdi a conta de quantos tenho.
Eu os dou aos pirralhinhos que vão em casa, vez ou outra, um exemplar da coleção, pois sei que eles, assim como eu, na infância não podem ter.
Criança é um bicho bobo mesmo.
Lucas
As lembranças da infância são difícies de serem esquecidas, o tempo passa mas nunca serão apagadas.
Linda história do pequenino “ratinho”, muito gracioso e charmosinho.
Love the website– really individual pleasant and lots to see!
Que delicia reler este conto tão lindo. Uma história que marcou e que lembro sempre vendo meu lindo ratinho adornando minha casa e me remetendo à infância querida. Muito bom ler os meus contos neste blog especial. Amo.