Felicidade
BUSCA DA FELICIDADE
Certo dia, um homem muito rico, cansado da vida que levava, distribuiu toda sua fortuna para a esposa, filhos e parentes.
Sentindo-se leve, mas ainda carente de verdadeiros sentimentos, partiu em peregrinação em busca da felicidade, levando pouco com ele.
Andando muito, pegando caronas e contando com a ajuda de muitas pessoas, chegou a uma montanha onde havia um homem religioso que levava a palavra para uma multidão.
Esperou pacientemente pelo término dos ensinamentos daquela pessoa iluminada.
Duas horas depois, foi percebida a presença dele, e aquele homem de Deus deu a atenção que ele necessitava:
– O que o traz aqui, senhor?
– Venho de muito longe e sigo pelo mundo à procura da felicidade.
Após um sorriso gostoso, respondeu:
– Meu filho, a felicidade não pertence ao mundo material. Na verdade, ela é uma energia divina, que o Altíssimo, por misericórdia, de vez em quando deixa cair sobre nós uma centelha, para que tenhamos um antegozo da verdadeira felicidade, que um dia há de vir em sua plenitude.
Aquelas palavras o fizeram refletir por um longo período e finalmente se despediu:
– Muito obrigado, senhor!
Aquela resposta maravilhosa encheu seu coração de amor, mas ele ainda queria algo mais. Então seguiu para outra região mais distante, onde diziam que acharia a resposta que iria pôr um fim naquela busca.
Após 40 dias de peregrinação pelas terras montanhosas orientais, chegou ao local indicado.
Com o auxílio de um guia local, seguiu por três dias a pé, escalando a mais alta montanha da terra. Ao término daquela cansativa jornada, deparou-se com uma pessoa com um aspecto de eremita, que meditava silenciosamente sobre uma rocha. Aquele homem vivia apenas da energia que emanava do prana, que extraía ao respirar. Dele exalava uma leve fragrância e do seu semblante irradiava luz.
Aguardou o término da longa meditação e o sinal para que se desse o início da conversação, conforme recomendara o guia.
Achegou-se ao sábio lentamente, sendo cumprimentado com um sorriso discreto.
Rompendo o silêncio, indagou:
– Senhor, venho percorrendo muitos quilômetros para saciar uma sede em meu espírito. Tenho certeza que aqui encontrarei resposta.
Diante de apenas um gesto de cabeça, continuou:
– Nunca senti o que é ser feliz, pois estive sempre cercado de pessoas que se aproximavam de mim pelo muito que eu tinha. Hoje, apartado daquilo que o dinheiro pode comprar, procuro a felicidade.
Depois de uma pausa, finalmente o homem começou a falar com uma doçura imensa:
– Você deu o primeiro passo no caminho da iluminação. O que você busca é uma energia cósmica, que nos vem depois do esvaziamento de imagens e pensamentos inferiores que povoam a mente humana. Tal energia está fartamente disponível para todos e quer fazer parte de nós, mas aguarda a purificação de cada interior. Depois que ela permeia nosso ser, somos completados, e tudo se ilumina. Essa energia é tão incrível que provoca constantemente sensações de felicidade.
Impressionado com as sábias palavras, despidas das sutilezas e superficialidades a que fora acostumado, ficou reconfortado pelo o esforço que tinha feito para chegar até ali, mas ainda não sabia como iniciar-se naquele caminho.
– Mestre – indagou -, com quanto tempo se alcança a felicidade?
– Filho, aonde você quer chegar, o tempo não conta. A estrada só é longa pra quem põe reparo nas pedras do caminho.
Mais uma vez, captando a profundidade daquelas palavras, o buscador compreendeu que sua ansiedade é que entulhava o fluxo de energia vital e que era hora de se desfazer da última lembrança de sua vida pregressa. Assim, retirou do pulso seu relógio e foi gentilmente ofertar para o guia que havia oferecido gratuitamente seus serviços, mas aquele humilde homem já não estava ali.
Autor José Maria Cavalcanti
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É muito forte nosso envolvimento exterior. Estamos tão tapados e cegos que facilmente arranjamos mil desculpas para nossas correrias e amores materiais.
Que escravidão terrível ao dinheiro e a “tudo que ele pode comprar”!
Às vezes algo acontece na tentativa de nos fazer parar, mas resistimos bravamente e seguimos adiante.
O que menos importa hoje é a busca interior.
Valéria
A felicidade está na simplicidade das coisas. Muitas vezes olhamos para trás e dizemos: “era feliz e não sabia”.
FELICIDADE = MOMENTOS FELIZES
Pois bem… Ontem como sentiu o seu dia?! Chorou, sorriu?!
Ambos estão coerentes, acredite.. Nossas emoções diárias são turbulentas. Altos e baixos.
Mais quais dessas duas reações você deu ênfase?!
Esperar que somente as emoções em altas sustentem o dia todo será em vão.
Porque onde conseguiríamos o desafio do superar, do ser melhor?!
As alegrias acontecem…louvem, aproveitem, mais se os contratempos baterem à porta…também convido você a aproveitar.
Ops’ Aproveitar?!
Sim…pois nela você é provocado a olhar pra dentro de si e refletir as melhorias que ainda não foram trabalhadas.
Não subestime tanto a tristeza, o choro angustiante, porque ele te faz sensibilizar, enfrentar desafios, o tal tratamento de choque.
É como uma ferida que está infeccionada e para curar, precisa ser raspada para depois entrarmos com o tratamento adequado.
Vai doer?! Vai sim pode apostar.
Mais vai curar.
E você será capaz de identificar com mais frequência as alegrias, os momentos felizes que a vida te proporciona.
Ei, psiu! Vem ká!!
Que tal encararmos as feridas como amiga.
Pra isso você precisará se observar mais.
Pode apostar…você terá momentos felizes em uma frequência bem maior.
“Não se esqueça que sua felicidade depende só de você. Então, ganhe o mundo abraçando a gentileza. Afaste as tristezas. Drible as desilusões. Encare qualquer temor.
Contratempos acontecem… você só precisa fazer a sua parte e ser muito feliz.”
Bjs!
Li
Mandou bem, amiga!
Construir a felicidade a partir das experiências vividas, doces ou amargas, é o caminho.
A vida é na verdade uma montanha russa de emoções. Na curva baixa, de muitas turbulencias, devemos aproveitar a oportunidade para crescer, mesmo passando por situações doloridas e que provoquem feridas profundas.
Fugir para um retiro é mais fácil, mas vencer no meio do agito exige mais do nosso caráter.
Sandra
Mais uma vez, meu amigo Ricardo Borges publicou no seu Blog de Variedades matérias do Blog do Bollog. A primeira foi a poesia “Viva São João” e agora “Busca da Felicidade”.
Fico muito agradecido por tamanha honraria.
Valeu, Borjão!
http://blogdoborjao.blogspot.com/
Acessem também essa excelente vitrine de entretenimento!
A felicidade é tão relativa. Fiquei feliz em todas as minhas conquistas: primeira boneca, primeiro beijo, primeiro namorado, primeiro emprego, primeiro amor….
Fico feliz com pequenos gestos de carinho e tenho alguns que me alegram toda vez que recordo: o copo de mingau pela manhã e o prato de sopa à noite, ambos feito por minha mãe.
Para mim, felicidade é perceber os bons momentos.
Depois de três postagems anteriores sobre a felicidade, peço desculpa por não ter feito qualquer comentário sobre a última. Se você pensa que é feliz, mas não compartilha essa felicidade com os outros, então sua felicidade é fictícia e efêmera. Acho que estamos plenamente feliz quando partilhamos com os outros. Se temos as nossas plantas no jardim, e passam alguns dias e acabamos por esquecê-las, elas murcham e não apenas por causa da falta de água, e sim mais por sermos tão desligado com delas. Eu estou sempre feliz quando penso nos outros, quando o outro não precisa esperar; porque eu estou com ele antes, e assim esa felicidade se acrecenta quando recebo en dobro tudo o que ofereço aos outros. Por isso quero agradecer profundamente a meu GRANDE AMIGO JOSÉ MARIA CAVALCANTI, a quem encontro sempre perto de mim, compartilhando as belas mensagems da VIDA. Por tanta graça recebida um grande abraço para José Maria e pra todos aqueles que merecem um grande abraço.
Vou aproveitar e pegar este grande abraço oferecido acima, para comemorar a Felicidade! Sim pois aprendi depois da minha limitação, que pela dor conheci a Felicidade e o prazer de viver!Sim sou Feliz hoje e ontém também, mas a diferença entre hoje e ontém, é que achava que Felicidade era ter muitos colegas, roupas de marca pra se sobresair junto a sociedade e …, enfim tudo que achava que era Felicidade hoje vejo que era apenas mundo, hoje sim a conheço mesmo sendo me apresentada na dor, mas posso desfrutar dela com sabedoria.
Abraços!
Márcia!