Pinturas curiosas
O QUE VOCÊ VÊ?
Se você gostou das imagens, deixe seu COMENTÁRIO!
Clique aqui: https://bollog.wordpress.com/2012/01/11/pinturas-curiosas/#comments
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É incrível a diferença entre olhar e perceber tudo que está a nossa volta.
Outro dia observei que o jogo de luminosidade/sombra mudava completamente os objetos projetados.
Isto faz a gente lembrar: “há mais mistério entre o céu e a terra do que possa imaginar nossa vã filosofia.”
Dilon
Sem contar, Dilon, que algumas formas vistas em Marte pelos telescópios já nos fizeram imaginar muitas coisas, inclusive na existência dos marcianos, o que resultou em muitos dos filmes de ficção científica que vimos no cinema.
Que o diga o imaginativo Orson Welles com sua Guerra dos Mundos. Ele também foi responsável por uma onda de pânico nos EUA, quando simulou uma invasão alienígena.
Nossa! Será o vinho que tomei?! Está tudo se misturando na imagem…kkk…Socorro!!
Enganando a mente? Ilusão de ótica ou o que? Uii!
São realmente curiosos, intrigantes e divertidos.
Ao fixar o olhar durante alguns instantes sobre a imagem é possível reconhecer outra que esta implícita. A ilusão de óptica mostra que o que você vê nem sempre é o que você pensa que é.
Showww…! Mas que provoca tontura em mim, ah isso provoca sim.
Bauces!
Quem nunca olhou para as nuvens a procura de personagens: castelos, animais, rostos, etc… Essa brincadeira de criança é que melhor define ilusão de ótica, pois o imaginário anda solto. Algumas empresas ou mesmo governos, levam isso muito a serio e submetem a escolha dos nomes de seus produtos ou marcas a análises de técnicos, por temerem que sejam alvo de interpretações negativas. Certa vez, fui realizar um serviço em uma fábrica e o gerente geral estava me dizendo que após ter pintado os bancos de azul claro, houve uma reação natural dos funcionários de não usarem os assentos. A cor escolhida remetiam a visão, comum na Região Nordeste, das cores dos bancos dos cemitérios. Bastou trocar a cor e tudo voltou ao normal. A arte dentro da arte, lembra os textos codificados em que a mensagem superficialmente lida não é a mesma do que foi realmente enviada.
“SOMOS PRISIONEIROS DOS NOSSOS OLHOS?”
A interpretação do que vemos no mundo exterior é uma tarefa muito complexa. Já se descobriram mais de 30 áreas diferentes no cérebro usadas no processamento da visão. Umas parecem corresponder ao movimento, outras à cor, outras à profundidade (distância) e mesmo à direção de um contorno. E o nosso sistema visual e o nosso cérebro tornam as coisas mais simples do que aquilo que elas são na realidade. E é essa simplificação que nos permite uma apreensão mais rápida (ainda que imperfeita) da “realidade exterior”, que dá origem na ilusão de ótica.
http://raphaelmuniz.blogspot.com/
O termo Ilusão de ótica aplica-se a todas ilusões que “enganam” o sistema visual humano, fazendo-nos ver qualquer coisa que não está presente ou fazendo-nos vê-la de um modo errôneo. Algumas são de carácter fisiológico, outras de carácter cognitivo.
As ilusões de óptica podem surgir naturalmente ou serem criadas por astúcias visuais específicas que demonstram certas hipóteses sobre o funcionamento do sistema visual humano.
Gustavo esteve em nossa casa recentemente e criou uma apresentação com várias demostrações de ilusão de ótica, ficou muito bem feito e interessante.
Certa vez fui a missa e o pároco estava na homilia explicando a diferença entre ouvir e escutar e de ver e enxergar. Ele discursava que escutar e enxergar é o ato feito com atenção. Dizia-nos que na pressa do dia a dia, escutamos e enxergamos pouco por pura falta de atenção e isso gera alguns conflitos, por divergências do que foi realmente mostrado ou falado. Olhando essas imagens, lembrei também de um amigo que tinha uma vela queimada em que a cera, quando escorrida, caracterizava uma imagem de Nossa Senhora, mas ele ficava chateado quando alguém não conseguia visualizar essa imagem na cera derretida.
Zeca,
Ao reparar estas Pinturas Curiosas, lembrei da seguinte epígrafe que tem no Ensaio sobre a Cegueira de José Saramago: “Se podes olhar, vê. Se podes ver, repara”, que estabelece claramente uma diferença entre olhar, ver e reparar. O autor nos leva a deduzir que olhar sugere uma percepção mais genérica do mundo, ver sugere uma percepção mais seletiva e demorada do objeto e reparar sugere um estágio ainda mais aprofundado e detido de percepção que busca enfocar o detalhe. Por isto, diante destas pinturas, comecei a fazer a leitura como um exercício primeiro do olhar, depois do ver, para depois reparar. Todo este exercício de busca que mostra a complexidade da leitura de mundo, a riqueza e o prazer de ser ao mesmo tempo leitor e espectador, nos leva a crer que a visão que se tem da realidade está associada diretamente à consciência de cada indivíduo e esta “já nos fez imaginar muitas coisas…”, como você enfatizou. Adorei beijos!!!!
Lena, cada pessoa que aqui passa deixa uma pérola. Você não deixou por menos, brindando-nos com seu aporte e trazendo-nos também o prestigiado escritor português Saramago.
“José Saramago nos mostra o desmoronar completo da sociedade que, por causa da cegueira, perde tudo aquilo que considera como civilização e, (tal como em A Peste, de Albert Camus) mais que comentar as facetas básicas da natureza humana à medida que elas emergem numa crise de epidemia, Ensaio Sobre a Cegueira mostra a profunda humanidade dos que são obrigados a confiar uns nos outros quando os seus sentidos físicos os deixam. O brilho branco da cegueira ilumina as percepções das personagens principais, e a história torna-se não só um registro da sobrevivência física das multidões cegas, mas também das suas vidas espirituais e da dignidade que tentam manter. Mais do que olhar, importa reparar no outro. Só dessa forma o homem se humaniza novamente.”
Leia mais em: http://ebooksgratis.com.br/livros-ebooks-gratis/literatura-estrangeira/romance-ensaio-sobre-a-cegueira-jose-saramago-livro/#ixzz1jFL9Ad2k
Zeca,
Trabalhei a obra e o filme em sala de aula, os alunos adoraram!!!!Descobri que o mais interessante é que o foco da obra não é desvendar a causa da doença ou sua cura da cegueira, como qualquer enlatado americano da sessão da tarde, mas mostrar o desmoronar completo do ser humano, que é capaz de perder anos de civilização ao ser privado de um de seus sentidos. Mas a parte mais interessante é o final dessa obra, pois as personagens voltam a recuperar a visão, mas agora irremediavelmente modificadas, porque, depois daquela experiência, já não podem olhar o mundo da mesma forma que antes, isto é, depois de recuperarem a visão, as personagens passam a perceber e a conhecer a realidade de modo diferente, bem como o leitor (o mais importante) que foi conduzido ao mundo da cegueira pelo narrador. Enfim, Ensaio sobre a Cegueira é na verdade uma viagem à consciência humana, porque propõem-nos a refletir sobre tudo que somos, seremos, construímos, construiremos, mas acima de tudo é uma viagem do conhecido ao desconhecido, ou seja, do objetivo ao subjetivo, do corpo à alma. Meu filhinho lindo, a sua resposta tocou no meu ponto fraco e me instigou a esta resposta que parece estar se distanciando das Pinturas Curiosas, não achas???? Vixe!!!!!
Certa vez, eu estava em Salvador num curso de pós graduação em citopatologia e a professora de didática falava sobre imagens. Na citologia vemos as imagens das células diferente do que as pessoas imaginam. É tudo questão de interpretação. É a diferenciação do que normal e anormal, visto pelos olhos do citopatologista. Tudo é uma questão de referência. Voltando à aula de didática: Eu disse em aula para os colegas de turma que não concordava com o termo “cego” para as pessoas que tem deficiência visual. Eles não vêem com os olhos, porém vêem com o tato, com a audição, com a gustação ou qualquer outro sentido. Eles aperfeiçoam um sentido para substituir a deficiência de outro.
Lena, o post em apreço, Pinturas Curiosas, é na verdade uma provocação para que cada seguidor do Bollog reveja sua maneira de perceber o mundo; já o escritor José Saramago tem a intenção de fazer o leitor do best seller ou o expectador do filme a repensar os valores morais de uma sociedade que padece de “cegueira”.
Quando vemos mais além do perceptível, na verdade estamos exercitando o olhar que vem do coração. E isso que faz toda a diferença entre as pessoas.
Valeu, maninha! Volte sempre!
Isso tudo me recorda o tempo de brincadeira infantil. Lembrei do meu irmão, José, que utilizando as mãos de encontro com o reflexo da luz do candeeiro, nos divertia com as caricaturas que ele reproduzia nas paredes. A sombra de suas mãos era de coelhos, cachorros, cobras, pássaros, gatos, jacarés, etc… Olhávamos admiradas aquela transformação de personagens em segundos e aquela gostosa ilusão de ótica enchia de alegria as nossas noites.
Certa vez viajei para a Argentina e fui parar em Rio Negro. Lá visitei São Carlos de Bariloche, uma das cidades de maior importância turística da Patagônia, a região mais gelada daquele país irmão.
Por estar colada com os Andes Patagônicos, muitos brasileiros vão para lá se divertir na neve, comer deliciosos pratos e tomar um gostoso chocolate.
Dentre muitas atrações, como o elevado restaurante giratório, tive oportunidade de conhecer o Valle Encantado.
É um lugar incrível, de uma imensidão rochosa, onde a natureza esculpiu formas curiosas.
E o que tudo isso tem a ver com o post do Bollog é que cada turista enxerga em cada escultura algo diferente: castelos, carruagens e um mundo dos contos de fadas.
É engraçado escutar a opinião de cada pessoa sobre aquilo que ela está vendo, cada um faz uma viagem pessoal com a imagem vista.
Provando que cada indivíduo percebe um mundo de uma maneira particular.
Fenômeno do excelente das ilusões ópticas. Muito interessante, parabéns e um grande abraço………..http://www.youtube.com/watch?v=SV6yBAd5Jqs
Carlos Omar Colturi, este show de imagens do vídeo do youtube nos brinda com mais exemplos de como a nossa mente pode ser ludibriada, graças a componentes colocados no mesmo quadro de uma obra fotográfica, de forma bem estratégica.
Obrigado por mais uma contribuição, amigo.