JAPÃO – OKINAWA
Aquário de Okinawa
JAPÃO DE CORAÇÃO
A crise financeira no país e outra emocional no seio da família foram a gota d’água para minha tomada de decisão. Afinal, perder a mãe aos 18 anos não é o que ninguém deseja. Em meio ao quadro negativo, resolvi que era hora de ganhar o mundo, ter meu próprio dinheiro. Assim tomei uma decisão um tanto maluca, mas que não pareceu ter assustado muito a meu pai.
Ele pouco falou, como era seu costume. Deixou claro que a partir dali eu passaria a ser dono do meu próprio nariz. Não estranhei muito aquela secura na despedida e até me senti culpado por deixá-lo ainda mais solitário com sua violinha de três cordas, forrada com couro de cabra. Com seu costumeiro dedilhar sobre o braço de ébano, por carência, ele arrancava as notas mais tristes do seu inseparável instrumento, coisa típica da cultura “uchinanchu”, como eram conhecidos os okinawanos.
Olhei pra trás e acenei, e ele ergueu a mão do outro lado do vidro. Acho que no fundo ele se viu em mim, quando saiu em 1958 de Okinawa, um arquipélago ao sul do Japão, para vir ganhar a vida no Brasil.
Por falar um dialeto e ter costumes distintos, ele teve dificuldade para se encaixar na comunidade nipônica, no Hotel dos Imigrantes, mas acabou aprendendo primeiro a se comunicar melhor em português. Depois de morar no bairro da Liberdade, arranjou serviço em Mogi das Cruzes, e assim conheceu sua futura esposa em 1960, uma pura brasileira do interior paulista.
Apaixonado por ela, trabalhou muito para comprar sua casa própria e assim, em 1966, com certa estabilidade, casou-se numa capelinha católica, conforme a vontade da noiva. Dois anos depois, nasci: o único fruto daquela união.
Finalmente embarquei e me dei conta que quase a totalidade dos passageiros tinham as feições bem orientais, e eu era uma mescla de okinawano com brasileiro.
O avião partiu numa quinta-feira de chuvas, em Guarulhos, depois fez escala em Los Angeles e finalmente chegou a Narita numa noite invernal. Estava diante do enorme Aeroporto Internacional de Tóquio. Foram 24 horas de uma longa viagem. Já ali, comecei a sentir um frio terrível, pois aquele era um inverno que eu não conhecia. Havia uma pessoa para me buscar e fui levado para o pequeno local em que iria morar.
A cidade toda iluminada, mesmo debaixo de neve, era muito moderna e linda. Estava admirado com as novidades daquele novo mundo. Nos afastamos da capital tomando um táxi e depois, de ônibus, fomos parar numa pequena localidade. Ao descer do táxi, descobri que a corrida seria por minha conta: desembolsei o equivalente a oitocentos reais! Ainda bem que no Japão não se tem o hábito de dar gorjeta, senão eu estaria com minha grana mais curta ainda.
Fui colocado numa espécie de quitinete. Uma sala/cozinha e um lugarzinho apertado pra dormir no canto do pequeno retângulo. O banheiro também era um espaço diminuto.
De acordo com o contrato, era ali que eu iria ficar durante aquele primeiro ano. As despesas do aluguel iriam ser descontadas do salário do meu emprego, no qual eu iria iniciar após aquele final de semana mais gelado da minha vida.
Desfiz a mala, pendurei as roupas e dispus os calçados em cantos estratégicos. Não me esqueci de pendurar um belo close dos meus pais, dos anos 60, onde pudesse sempre vê-los. Nem o tempo havia apagado da foto a declaração de amor e as assinaturas de seus nomes: Ken e Anita.
Depois daquela arrumação, estava certo da inadequação das minhas roupas para o frio do Japão. Mesmo ainda com fome, virei aquela primeira noite somente com o lanche de bordo e duas barrinhas de chocolate.
No sábado, acordei cedo, com os lábios roxos e tremendo. Senti vontade de tomar algo quente, mas a despensa estava vazia. Assim saí para comprar alguns pacotes de chá, biscoitos, peixe enlatado e uma lata que me parecia óleo, pois tinha estampado um desenho de um girassol.
No mercadinho, descobri que meu dinheiro era pouco mesmo, já que a alimentação sairia do próprio bolso, e eu, por orgulho de pedir alguma coisa pro meu pai, tinha muito pouco para os preços tão caros da economia japonesa. Só para ter uma ideia, um mamão papaia custava 500 yenes, algo em torno de R$ 15,00 reais.
Com o dinheiro que sobrou, comprei um par de luvas e um gorro, senão morreria de tanto frio. Pedia a Deus para que a segunda-feira chegasse logo, pois na fábrica teria as refeições.
Fui direto pra bancadinha em volta da pia, que ficava ao lado do fogão. Abri uma das latas, retirei o pescado, colocando-o na frigideira, mas descobri que não havia comprado óleo e sim um condimento. Tampouco consegui ligar o fogão para esquentar o peixe no seu próprio óleo. Com a fome que estava, comi peixe frio com bolachas. Com as novas calorias, senti meu corpo aquecer, mas a temperatura baixa seguia me incomodando.
Fui lá fora pedir ajuda. Tentei me comunicar, mas ninguém me compreendia em minhas tentativas de comunicar-me em português e depois falei as poucas palavras em inglês que conhecia, também de nada adiantou.
De repente, avisto um senhor velhinho a passear com seu lindo cachorrinho de uma raça para mim desconhecida. Falei de montão, e ele falava pra mim outro tanto, mas não havia entendimento.
Depois de muita insistência, consegui levá-lo ao meu cantinho. Apontei para o fogão e girei os botões, e ele compreendeu que eu não sabia ligar. Ele me agarrou pelo braço, levando-me para fora. Ali mostrou a caixa de registros. Uma válvula era para liberar o gás de fogão e a outra era para o aquecimento. Ensinou-me a girar uma manivela, creio que para bombear o gás ou coisa do tipo.
Quase chorei de alegria com aquela preciosa ajuda. Juntei as mãos e inclinei meu corpo para baixo como forma de agradecimento e reverência. Ainda feliz, falei uma saudação em okinawês. De repente, seus olhos ganharam um brilho especial e retribuiu com uma outra frase que não compreendi.
O senhor se foi e eu corri pra ligar todas as bocas do fogão, e logo o ambiente ficou mais quentinho, principalmente porque o aquecedor começava a elevar a temperatura do local.
No dia seguinte, ele novamente voltou a me procurar, desta segunda vez para ensinar a ligar a resistência do local de dormir. Acho que ele havia se esquecido e não se perdoou pela oportunidade perdida. Depois de algumas tentativas, ele percebeu que o dispositivo necessitava de reparo e se prontificou a consertar. Mais uma vez, demonstrei a ele toda minha gratidão e apontei o local que deixaria a chave da habitação, depois da minha ida ao trabalho.
Quando foi à noitinha, ele me trouxe pães de batata fresquinhos. Aquilo foi o maior presente, pois já não tinha mais nada pra comer.
No dia seguinte, segui para meu primeiro dia de trabalho. Sofri as maiores discriminações por não falar japonês e por ter as feições diferentes.
Dali em diante, senti a necessidade e o dever de aprender a falar japonês o mais rápido possível. Queria ser mais bem aceito no trabalho e necessitava me comunicar com aquele bondoso velhinho e dizer tudo que sentia por ele.
O tempo passou, e o inverno foi diminuindo sua força. Com muito interesse e dedicação diária, comecei a falar em japonês. E senti que era hora de buscar aquele bondoso senhor, afinal, eu devia muita gratidão a ele, mas não havia tornado a vê-lo.
Um belo dia, avistei uma senhora a passear com o mesmo cãozinho no passeio perto de casa. Não tive dúvidas, corri até ela e perguntei pelo senhor, e ela respondeu que ele havia morrido.
Desabei a chorar feito um menino. A senhora a princípio nada entendeu até que expliquei quem eu era.
Ela então se recordou que seu marido havia pedido para ela fazer pão de batata para dar para um amigo e que também ele fora reparar o dispositivo elétrico do dormitório dele. Então ela compreendeu ali a linda relação de amizade do que havia entre nós dois em tão pouco tempo, mesmo que nunca houvéssemos falado muito coisa, a não ser duas frases em okinawês.
O mais triste é que eu não tive a oportunidade de agradecer para ele a grande ajuda que havia dado para mim.
A esposa do meu amigo me trouxe no dia seguinte mais pães de batata e deixou uma fotografia dele com uma mensagem em escrita diferente do japonês. Guardei aquela foto com muito carinho, imaginando que meu pai iria traduzi-la para mim na primeira oportunidade.
Depois de dois anos de experiência e já com uma boa poupança para pagar minha faculdade no Brasil, decidi que era hora de voltar.
Meu pai me recebeu de uma forma muito carinhosa, o que não era do feitio dele. Aquele meu afastamento fez um bem danado pra nossa relação, que passou a fluir da melhor maneira possível.
Relatei para ele todas as experiências vividas e finalmente contei sobre a maior de todas.
Ele ficou comovido com aquele gesto tão humanitário daquele senhor.
Quando eu mostrei para meu pai a fotografia dele, ele quase teve um troço. Ele não podia crer no que estava vendo: aquele homem era seu tio, que um dia saiu do vilarejo, perto de Naha, dizendo que iria trabalhar em Osaka, não sendo mais visto.
Na frase estava escrito: “Neste jovem, eu reencontrei você. Saudades. Tio Akeo”.
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Essa essência de bondade que existe no homem é o que move seu coração na hora de ser solidário.
Embora o jovem tenha ficado muito sentido em não poder agradecer ao bom velhinho pelos favores e presentes, isso é o que menos importa, pois quem faz o bem não espera nada em troca, apenas se doa.
Bonita e emocionante história.
Isto não se faz com os amigos logo de manhã, meu caro amigo.
Um abraço.
Adilson Marques Xavier
Tomamos decisões importantes todos os dias… e quantos arrependimentos colecionamos por todas de decisões precipitadas e impensadas!
Se não adianta chorar o leite derramado, é a única coisa que nos resta. kkk kkk
O tempo é o maior egoísta do mundo!!! Só pensa nele, não está nem aí para ninguém, não dá a menor chance para os descuidados e não volta nunca.
Portanto, meu amigo, com o tempo não se brinca!!!
Um abraço. Parabéns pelas suas publicações. Realmente você tem bom gosto.
Os pais não gostariam que os filhos jamais se afastassem deles, mas, assim como os barcos, que estão mais seguros no cais, uma hora têm que partir.
A vida, assim como o mar, ponhe à prova seus desbravadores. Em cada meta alcançada, fica evidenciado o excelente trabalho que foi feito, tanto dos pais como da Engenharia.
Parabéns pelo excelente texto.
Zeca este conto me fez lembrar a um filme que assisti recentemente, chamado: Um conto chinês. “um chinês que apareceu na vida de Roberto depois de ser roubado e arremessado de um taxi em Buenos Aires. Roberto não fala chinês e Jun não fala espanhol. Roberto procura o isolamento e Jun, um tio, seu único parente vivo. Apesar das diferenças e dificuldades Roberto e Jun descobrirão o real motivo deste encontro inusitado”
O seu conto mostra as dificuldades de um brasileiro no japão, sem conhecer o idioma local. Encontra uma pessoa que lhe ajuda e que se trata de um tio-vô. Que só vem saber depois de sua volta para o Brasil. O filme relata um chinês que vem para a Argentina em busca de um tio. Porém a dificuldade dele é não saber falar espanhol. Belo conto chinês. Não deixe de assistí-lo e parabéns pelo conto: “Japão de coração”.
Há certas coisas que são ditas em família que é só nosso. As vezes quando escutamos alguém falar do mesmo jeito recordamos nossos familiares. A forma de agradecimento feito pelo jovem o fez recordar do sobrinho querido. O velho deduziu, um jovem brasileiro que vem ao nosso país trabalhar e que fala do jeito do meu jovem sobrinho que foi para o Brasil trabalhar, e, quando entra no apartamento do jovem, encontra a foto do sobrinho afixada na parede, em lugar bem visível. Como não havia diálogos possíveis, então o japonês fez o que todo mundo deve fazer a um membro da família: trata-lo bem. Li, certa vez um livro espírita que falava de outras vidas e lá dizia que encontramos com pessoas amadas várias vezes, como casal, como irmãos, como amigos ou simplesmente como conhecidos. O belo texto mostra que a boa ação feita pelo velho japonês foi recompensada pelo reencontro de um membro de sua família e declara que quem planta o bem colhe o bem para sua vida.
Nesse conto me vi de volta a terra do sol nascente, lugar querido dos meus ancestrais. Isso ocorreu numa primeira experiência, quando ainda era muito jovem, assim como o personagem principal da história.
Foi um período difícil, onde a saudade me incomodou bastante, mas sabia que era uma oportunidadde incrível para aprender mais e amadurecer.
Sinto-me vitorioso com todo o aprendizado adquirido e sei que valeu a pena as privações que passei dos amigos e familiares, mas tenho certeza que aquilo que colhi servirá pra toda a vida.
Em 1982, meu primo viajou a serviço para o Japão, e eu me lembro que quando ele retornou eu fiquei louca para conhecer esse país. Ele trouxe fotos e contou histórias incríveis.
Minha tia (que na verdade é minha mãe adotiva e tia em primeiro grau do meu primo) pediu a ele que trouxesse para ela um relógio de pulso de lá, pois queria que fosse último tipo.
Ela ficou encantada com a encomenda, e eu tenho esse relógio até hoje, funcionando ainda perfeitamente.
Ele trouxe de presente para mim e para minha tia também lindas joias. Era uma ostra, armazenada em um lata, tendo dentro dela uma pérola, ela abriu a concha logo para vermos como era e ficamos encantadas. Eu levei muito tempo para abrir a minha e possuo até hoje as duas lindas pérolas.
Meu primo contou também que, quando comprava algum eletrônico e dava problema, eles não consertavam, simplesmente davam um novo.
Na ocasião em que ele esteve lá, ele enviou para a esposa dele, como declaração de amor, uma fita cassete com a música tema do filme Ghost, a música Unchained Melody (1955). Em 1982, o filme Ghost não tinha sido feito ainda, ele é de 1990. Quem diria que a música dessa declaração de amor, anos depois, faria tanto sucesso e que estaria entre as músicas mais regravadas do século XX, com cerca de 500 versões em vários idiomas. Até Elvis Presley costumava cantá-la em seus shows.
O conto fez renascer em mim a vontade de ver tudo isso de perto. Quem sabe ainda terei a oportunidade de conhecer esse lindo país, mesmo tendo a dificuldade do idioma.
Esse conto me fez lembrar o que o músico baiano Carlinhos Brown intencionava falar, se por acaso subisse ao palco do Kodak Theatre, na festa do Oscar 2012. Disse ele: “Eu iria pedir aos jovens que ouvissem seus pais e nunca seus ídolos. Estes só pensam em suas carreiras, enquanto os pais só pensam nos filhos”. Acredito que foi o que aconteceu com o pai desse jovem, se viu em seu lugar num tempo distante e pensou nas dificuldades passadas, mas não teve coragem de desencorajá-lo a fazer o que mais desejava. Mas, acredito que não passou um dia sem pensar nele. Emocionante!
Fazer o bem, faz bem. O Japão é um país reconhecido como de trabalho. As pessoas vivem para trabalhar e se espremem em minúsculos ambientes para repousar. Os altos índices de suicídios naquele país refletem a má qualidade de vida de seus moradores. Por gerações, seu povo paga um preço muito alto de terem entrado numa guerra. O texto me fez lembrar de uma passagem bíblica em que um próspero comerciante pedia aos céus que desse a ele algo que pudesse ser lembrado para toda a eternidade, e quando José e Maria lhe pediram abrigo, ele chateado com a interrupção de suas preces, apenas apontou o estábulo onde os andarilhos pudessem se alojar. Por isso repito, fazer o bem, faz bem.
Este conto me levou a publicar aqui no site o relato sobre a vida dos brasileiros no Japão, narrado por Samantha Shiraishi. Com certeza que o período que o filho do okinawano viveu foi anterior a 1990, quando o dekassegui passou a desfrutar de muito mais comodidades:
“Pense numa comunidade brasileira no exterior que tem tudo que você imagina para seu conforto: lojas, restaurantes, escolas, TV brasileira, vários jornais e revistas, agências bancárias, intérpretes em muitos órgãos públicos, empregos bem-remunerados. Parece um sonho? Pois este Little Brazil existe, e com a vantagem de sua população de 300 mil pessoas viver quase totalmente dentro da legalidade. Estamos falando da comunidade brasileira no Japão.
Iniciada em 1989, quando a lei de migração japonesa criou o visto de residente para descendentes de japoneses (estendido depois aos cônjuges brasileiros), a comunidade é conhecida no Brasil como dekassegui. Esta palavra japonesa é usada para se referir a pessoas que saem de sua terra natal para trabalhar temporariamente em outro lugar, longe de suas famílias.
No início do movimento dekassegui, apenas os chefes de família ou solteiros iam trabalhar no Japão. Mas os pais começaram a levar a família e a ter filhos no arquipélago. Logo começaram a surgir enormes dificuldades de adaptação dessas crianças às escolas japonesas. Como resposta ao problema, foram abertas mais de 60 escolas privadas brasileiras no país. Hoje, 19 delas são reconhecidas pelos governos dos dois países. Além disso, escolas japonesas têm programas extracurriculares de adaptação para os brasileiros.
Ainda assim, a educação das crianças é um dos maiores problemas da comunidade brasileira no Japão. Isso se deve à dificuldade que os pais brasileiros têm com o idioma, especialmente escrito, e ao impasse de criar filhos para serem brasileiros ou para serem japoneses. A escola brasileira mantém os vínculos com a pátria, mas limita os alunos ao universo fechado da comunidade brasileira no arquipélago. A escola japonesa, por sua vez, transforma os estudantes de outras nacionalidades em japoneses, o que atrapalha até a comunicação em casa porque essas crianças e jovens não falam o idioma dos pais, e estes não compreendem bem o japonês”.
Por Samantha Shiraishi
Tais experiências enriquecem muito e mostram a grandiosidade do ser humano.
Lúcia Yamada
Amazing! What a wonderful world, yes, even in its complicated and complex diversity, the milk of humanity perseveres!
Excelente conto!
Engraçado que na maioria dos comentários há referência a alguma lembrança que alguém teve após ler o conto. E comigo n foi diferente! Lembrei-me de um técnico de radiologia com quem eu trabalhei que foi o melhor técnico que conheci. Ele é descendente de japonês e, consequentemente, muito trabalhador, organizado e dedicado. Ele me disse que o primeiro emprego dele foi no restaurante do avô dele, como garçom. Relatou-me que sofreu muito, pois o avô (japonês) era ultra exigente e o minimo erro era suficiente para fazê-lo escutar “poucas e boas”. Não havia papas na língua, nem moleza, lembrando muito o pai do garoto do conto.
Na época Hirosh, o técnico, se sentia muitíssimo humilhado, mas hj sabe que aprendeu valiosas lições.
Chegava até a ser um pouco engraçado, pois quando o exame não saía perfeito, ele me pedia mil vezes desculpas, até mesmo qnd a gente sabia que a culpa nem era totalmente dele, mas, muitas vezes, do próprio paciente não colaborativo.
Bjos
Que lindo conto Cavalcanti. Fiquei emocionada!
Assim como este rapaz que foi em busca dos seus sonhos na terra dos meus avós. Estes também vieram para cá vindos de Okinawa em busca dos seus, mas não puderam retornar e contar a sua história.
E aqui estamos, uma geração, frutos dos sonhos deles!!
Rosely
Nesse momento em que os muitos brasileiros que foram se aventurar na busca de melhorias de vida fora do país estão voltando e de que muitos estrangeiros estão vindo também para o nosso país trabalhar, é hora de exercitar a nossa boa receptividade. É sempre bom lembrar que os brasileiros vão para trabalhar, mas sempre voltam para viver em nosso país. Com a crise mundial, o panorama mudou.
Excelente conto, fiquei muito emocionado. Lembrou muito da minha primeira experiencia no Japão. Não que eu tenha encontrado um familiar, mas pelo frio. Cheguei em Narita, e em Tokio havia nevado muito, passei muito frio esse dia.
Um abraço Cavalcanti.
Oi, tudo bem? Sou conhecido deste menino que você relata nesta história, ele me contou a respeito de sua escrita, pois tinha relatado para vc em um dia de trabalho.
Ainda estou no Japão e este menino foi meu funcionário por um bom tempo, parabéns pela sua iniciativa e por poder dizer de alguém que merece, pois sei e conheço a honestidade deste rapaz.
Um grande abraço e parabéns!
Sugita Buchô gerente de empreiteira TOWA, Yamanashi-Ken.
Sei que muitos podem pensar que é apenas um conto, mas na verdade boa parte são fatos verídicos, pois quando relatei a minha trajetória no Japão ao CAVALCANTI ele escreveu este conto maravilhoso.
Agradeço ao amigo por ter escrito tudo isto, com muito carinho e respeito.
Um grande abraço CAVALCANTI.
Muito linda essa historia,me emocionei e chorei que cheguei a soluçar.
Achei lindo seu comentário, uma pena que você esqueceu de mencionar seu nome. Assim mesmo, obrigado!
Poxa Senhor Cavalcanti gostaria de divulgar está história pra todo mundo ouvir, lindo! Onde poderíamos encontrar este rapaz? Algo como um livro por exemplo.
Paulo de Andrade Filho
Senhor Paulo de Andrade Filho, o caso é verídico. Aconteceu com um amigo que atualmente foi trabalhar em São Paulo (capital).
Ele é massagista de atletas de alto rendimento físico.
Vou tentar fazer contato com ele.
Abraços e muito obrigado!
Volte sempre!
Ola amigo Cavalcanti tudo bem ? É o Glauco tudo bem? Meu e-mail é magushi2000@yahoo.com.br , fica com DEUS . Abraços …
Wow! And wow again! Jose, you write so beautifully… and yes, you did make me cry, and that is no easy fit dear friend. Yes too, you do feel like a long lost friend because most of us who have walked that long and winding road have somehow lived your story.
Thank you for sharing and may your pen never run out of ink. Stay very blessed Jose, and God bless.