Cinema
CHARLES CHAPLIN
Charles Chaplin protagonizou o mais emocionante e inesquecível momento da história do Oscar. Após passar 20 anos em um exílio forçado pelo país que o acolheu e lhe deu fama, o artista voltou aos Estados Unidos como um herói. Ele foi escolhido pela Academia para receber o seu segundo prêmio honorário e foi prestigiado com o mais longo aplauso da história do Oscar, com mais de cinco minutos. O vídeo, que você confere abaixo, já fez muita gente chorar nos últimos anos. (veja o vídeo)
MARTIN SCORSESE
O consagrado diretor Martin Scorsese sempre esteve entre os grandes nomes do cinema, entretanto nunca havia levado para casa um Oscar – pelo menos até 2007. Premiado pelo filme Os Infiltrados, a Academia fez questão de reparar a injustiça ao entregar para Scorsese a estatueta de Melhor Diretor, uma das mais importantes categorias. A cerimônia, evidentemente, foi emocionante e a célebre frase “e o Oscar vai para…” foi compartilhada por Steven Spielberg, George Lucas e Francis Ford Coppola. Nada mais justo (veja o vídeo).
Com A Invenção de Hugo Cabret, Scorsese chegou com 11 indicações ao Oscar 2012, mas somente levou cinco estatuetas, e não eram as principais. O filme o Artista, de origem francesa levou a melhor. Não era para menos, os prêmios de melhor filme, melhor direção e melhor artista ficaram em boas mãos, pois é outra obra de arte impecável em preto e branco. Uma homenagem ao cinema mudo, do qual Charles Chaplin foi a maior estrela.
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Quandi vi “A Invenção de Hugo Cabret”, tive a certeza que ele levaria todos os prêmios, pois o filme narra a comovente história de um garoto órfão, vivendo uma vida secreta nas paredes de uma estação de trem em Paris. Com a ajuda de uma garota excêntrica, ele busca a resposta para um mistério que liga o pai que ele perdeu recentemente, o mal humorado dono de uma loja de brinquedos, que vive abaixo dele, e uma fechadura em forma de coração, aparentemente sem chave.
Qual nada, depois que fui ver “O Artista”, fiquei encantado com a produção francesa. O filme é simplesmente maravilhoso! Merecidamente levou os melhores prêmios.
Sabemos o quanto a infância triste e difícil de Charles Chaplin o marcou profundamente por toda sua vida, mas é maravilhoso seu exemplo de superação e capacidade de “florescimento”:
“Cada pessoa que passa em nossa vida, passa sozinha, pois cada pessoa é única e nenhuma substitui a outra. Cada pessoa que passa em nossa vida passa sozinha, e não nos deixa só, porque deixa um pouco de si e leva um pouquinho de nós. Essa é a mais bela responsabilidade da vida e a prova de que as pessoas não se encontram por acaso”.
É é incrível como ele tinha tudo “impresso” no olhar…
Gosto muitíssimo de fotos que são mensagens. Fico particularmente emocionada quando vejo as de flores que brotam em lugares adversos, crianças que brincam e sorriem em meio a escombros e mães animais cuidando de seus filhotinhos e defendendo-os de “gigantes” (como galinhas colocando pintinhos sob as asas durante um incêndio…). Podemos ver o quanto Deus pode gerar vida onde tudo aponta para o contrário!
Com Martin Scorsese podemos aprender a lição da persistência: como é bonita esta qualidade! E como é difícil encontrá-la diante de algumas situações… Mas os frutos são saboreados com a alegria dupla! (O Oscar foi duplamente comemorado, com certeza!).
Dois talentos. Natos e também lapidados pelo tempo…
Obrigada pelas lições de vida que nos deu hoje, em forma de cinema (delícia em forma de imagem!). Isso é a sua sensibilidade (com certeza nata e também lapidada…). Parabéns!
Zeca,
A Invenção de Hugo Cabret, O primeiro filme de Martin Scorsese em 3D, é um filme muito bonito, de grande sensibilidade e que nos devolve a magia do cinema como já foi mencionado, mas quando assistimos ao “O artista” não resta nenhuma dúvida de ser o melhor!E vem a mesma pergunta que muitos fizeram após a premiação: Como um filme mudo e em preto e branco pode nos encantar tanto?Posso responder dizendo que é porque ele ressuscita todos os personagens que marcaram a minha, a sua e a história de paixão de todos pelo cinema.
Na realidade, Jean Dujardin é a mistura de muitos atores: é o Chaplin como vagabundo contracenando com seu cachorro ensinado, tem o bigode que dava um ar de cinismo ao Clark Gable em “O vento levou…”, possui os olhos sedutores de Kirk Douglas, o cabelo à Rodolfo Valentino, que foi o primeiro símbolo sexual do cinema e protótipo do “amante latino” (Não é à toa que o nome do personagem é George Valentin) e tantos outros que nos fizeram suspirar e sonhar…Linda, fantástica essa homenagem ao próprio cinema.
Dentre os filmes premiados, tem dois que me levaram as lágrimas por motivos diferentes. Falo dos filmes “Cavalo de Guerra” por nos trazer a fórmula mágica que mistura crianças e animais, que só Spielberg sabe a quantidade certa e nisso é infalível, e do “Histórias cruzadas” filme que se passa em 1962, que fala do racismo, de uma pequena cidade no estado do Mississipi, que é revelado através de relatos de vida das domésticas negras que sempre cuidaram das famílias brancas do Sul. Entre as inúmeras cenas que mostram a total dependência das crianças brancas em relação às empregadas negras, tem uma que eu gostaria de destacar que é a declaração de amor materno que uma menina branca faz para uma delas, uma cena comovente e logo depois vem uma reflexão da negra: ”Por que essas meninas brancas que são tão amorosas quando pequenas tornam-se tão cruéis quando adultas!!!!!?”.Muito lindo mesmo!!!!
Falar sobre cinema é meu ponto fraco, ou será forte?Gosto de cinema, mas não sou nenhuma especialista por isso vou ficando por aqui!
Lena
“Sorri, quando tudo mais restar” Charles Chaplin é o gênio da sétima arte.
Uma das melhores formas encontradas pelo ser humano para transmitir o desejo de elogio, apoio e agradecimento, é feita, não por emissão da voz, mas pelo som emitido do encontro das palmas das mãos com força suficiente para provocar um efeito sonoro que leva aos ouvidos do homenageado a certeza de reconhecimento e aprovação daqueles que estão ovacionando e festejando por meio daquela atitude sincera e espontânea no ato de palmear.
Naquele dia, 26 de fevereiro de 1972, Charles Chaplin recebeu o prêmio Oscar Honorário, homenagem em razão do conjunto da obra, que tanto contribui para o cinema até hoje. A maior aclamação da história da Academia de Hollywood foi vista neste dia da entrega do prêmio. É possível que não haja nenhuma referência seguida por dez minutos de aplausos de pé, por parte do público.
Charles Chaplin foi um dos atores mais famosos da era do cinema mudo, notabilizado pelo uso da mímica. Portanto, da mesma maneira que ele representava, por gestos, suas histórias nos filmes mudos, também foi possível, por seu semblante, transmitir para a platéia e milhões de telespectodores, sua emoção ao receber aquela maior aclamação já registrada na história do cinema.Não tem quem consiga reter emoção ao reassistir este momento.
Assisti primeiro ao filme “A invenção de Hugo Cabret” e confesso que gostei tanto do filme que fiquei assistindo ao Oscar para torcer por ele.
Fiquei triste porque ele não ganhou e, assim como Leninha escreveu no seu comentário, me perguntei o que será que esse filme em preto e branco e mudo tem para superar o outro?
Obtive a resposta no dia 14 de março, em Buenos aires, quando tive o prazer de assistir a essa obra prima maravilhosa e inesquecível.
O cinema onde fomos assistir ao filme era antigo também e colaborou mais ainda para tornar o filme mais original.
O ator ganhou o Oscar merecidamente, como atuou bem! O cachorrinho, sem comentários, merecia um Oscar também.
Em verdade tudo é perfeito no filme e com certeza ele fará parte do meu acervo especial, claro que também estará lá A invenção de Hugo Cabret.
O cinema não deixa de ser a arte que transformou a fotografia, dando-lhe a ilusão de movimento, visto hoje nos filmes. Esta técnica de sequência fotográfica começou a gatinhar quando os irmãos Louis e Auguste Lumière construíram o cinematógrafo. Porém, a ambição deles não era muito animadora em relação àquela brilhante invenção.
Um homem, um visionário, não aceitou que aquele aparelho apenas servisse para retratar o simples (e chato) cotidiano das pessoas. Percebeu que poderia tornar os sonhos em realidade e, podemos dizer, se os irmãos Lumière inventaram o cinema, Georges Méliès o elevou a status de arte.
Estes dois grande diretores elevaram ao máximo a sétima arte.
Prêmios mais que merecidos.
Guilherme
Quando em minha primeira vez no cinema, fiquei vislumbrado com tanta novidade. O Panorama era enorme e muito alto. Estranhei o piso inclinado e senti conforto nas poltronas acolchoadas. Me incomodei um pouco quando do apagar das luzes, entretanto, assustei menos com as grandes imagens coloridas do que do som que nos envolvia de forma forte, como se estivéssemos junto da caixa. As primeiras imagens foram de futebol e confesso que achei bem melhores do que as do filme que assisti sobre Lampião. Com o advento do DVD e a facilidade em adquirir filmes, faço sessões de cinema uma vez por semana em minha casa, porém não existe nada mais gratificante do que ir a uma sala de cinema. Quando recentemente fui assistir a estréia de um filme em 3D, Avatar, senti a mesma emoção de quando da primeira vez. Foi muito legal retirar os óculos e ver pessoas esticando as mãos, assim como eu, para pegar as flores que vinham em nossa direção. Tenho um Carlito, feito em arame de bronze, no meu jardim e todos meus amigos o elogiam. Não é pela escultura e sim pela lembrança de Charles Chaplin. Bela homenagem.
Olha, se há um porém em “A Invenção de Hugo Cabret” é justamente a aura infantil: para atingir seu público, o roteiro de John Logan (o mesmo de “O Aviador”) às vezes exagera nas explicações ou no sentimentalismo. Acho que talvez por isso o filme não tenha sido tão premiado quanto “O Artista”, outro obra de arte a homenagear a história do cinema, mas sem o orçamento milionário de Scorsese (US$ 150 milhões). É, no entanto, tão ou mais apaixonante.
Peço perdão a todos pela minha ignorância e despreparo para julgar levando em conta os aspectos técnicos da sétima arte, mas fico com a Invenção de Hugo Cabret e fim de papo.
O filme é doce como o algodão doce que comia quando menina. É mágico como o primeiro beijo, que nos faz sair do chão. É inesquecível como o primeiro amor.
Se você não viu, não sabe o que está perdendo.
A escolha do elenco foi a mais perfeita.
Corra logo e curta essa magia.
Desse genial diretor, Charles Chaplin, assisti Luzes da Ribalta e Tempos Modernos, duas obras de arte que não me canso de vê-las.
A homenagem dada pela Academia foi só uma formalidade, pois o legado que ele nos deixou fala por si só.
Meus parabéns ao grande artista.
Eloísio
Toda vez que entro em uma sala de cinema, tenho a mesma impressão de como foi na primeira vez. Conforto, sonoridade e grandes imagens são as primeiras coisas sentidas, contudo o belo entretenimento provoca sempre, fortes emoções.
“Hoje levantei cedo pensando no que tenho a fazer antes que o relógio marque meia noite. É minha função escolher que tipo de dia vou ter hoje. Posso reclamar porque está chovendo ou agradecer às águas por lavarem a poluição. Posso ficar triste por não ter dinheiro ou me sentir encorajado para administrar minhas finanças, evitando o desperdício. Posso reclamar sobre minha saúde ou dar graças por estar vivo.
Posso me queixar dos meus pais por não terem me dado tudo o que eu queria ou posso ser grato por ter nascido. Posso reclamar por ter que ir trabalhar ou agradecer por ter trabalho. Posso sentir tédio com o trabalho doméstico ou agradecer a Deus. Posso lamentar decepções com amigos ou me entusiasmar com a possibilidade de fazer novas amizades. Se as coisas não saíram como planejei posso ficar feliz por ter hoje para recomeçar. O dia está na minha frente esperando para ser o que eu quiser. E aqui estou eu, o escultor que pode dar forma. Tudo depende só de mim.”
Charlie Chaplin
Bom dia
Mario Carlos Fernandez.
Fiquei encantada com Hugo Cabret. Fomos os últimos a sair da sala de cinema, eu e o Giovani. Após chorar nos instantes finais do filme, sorrimos e pudemos dizer: que lindo filme. Que encantador!
Agora estou curiosíssima para assistir O Artista. Ainda mais depois de tantos elogios no Blog e pessoalmente pela Marta.
Mas me pergunto se O Artista vai ser mais doce do que o menino Cabret?!
Um abraço.
Sempre aguardo ansiosamente a noite da entrega do Oscar. Dentre os filmes indicados só não tinha visto ainda “O Artista”, apesar de ver pela imprensa que teria que enfrentar filmes americanos de peso: “Cavalo de guerra” de Steven Spielberg, “A invenção de Hugo Cabret” de Martin Scorsese, “Meia-noite em Paris” de Woody Allen, “A árvore da vida” de Terrence Malick, além de “Tão perto e tão forte”, “Moneyball – O homem que mudou o jogo”, “Os descendentes” e “Histórias cruzadas”. Surpresa no Oscar 2012. Empate entre os dois favoritos do prêmio: A Invenção de Hugo Cabret , de Martin Scorsese, e O Artista, de Michel Hazanavicius. Os dois receberam cinco estatuetas cada. O filme francês venceu na categoria principal, a de Melhor Filme, sendo a primeira produção estrangeira a receber o prêmio. Das 11 indicações, A Invenção de Hugo Cabret ganhou nas categorias Direção de Arte, Fotografia, Efeitos Sonoros, Edição de Som e Efeitos Visuais. Já O Artista levou os prêmios de Diretor, Ator (Jean Dujardin), Figurino, Fotografia e Filme. E, assim, Hollywood consagra o cinema mudo. Uma bela Homenagem.