Escritores
Fernando Pessoa
CURIOSIDADES SOBRE ESCRITORES
1. O escritor Wolfgang von Goethe escrevia em pé. Ele mantinha em sua casa uma escrivaninha alta.
2. O escritor Pedro Nava parafusava os móveis de sua casa, a fim que ninguém o tirasse do lugar.
3. Gilberto Freyre nunca manuseou aparelhos eletrônicos. Não sabia ligar sequer uma televisão. Todas as obras foram escritas a bico de pena, como o mais extenso de seus livros, Ordem e Progresso, de 703 páginas.
4. Euclides da Cunha, Superintendente de Obras Públicas de São Paulo, foi engenheiro responsável pela construção de uma ponte em São José do Rio Pardo (SP). A obra demorou três anos para ficar pronta e, alguns meses depois de inaugurada, a ponte simplesmente ruiu. Ele não se deu por vencido e a reconstruiu. Mas, por via das dúvidas, abandonou a carreira de engenheiro.
5. Machado de Assis, nosso grande escritor, ultrapassou tanto as barreiras sociais bem como físicas. Machado teve uma infância sofrida pela pobreza e ainda era míope, gago e sofria de epilepsia. Enquanto escrevia Memórias Póstumas de Brás Cubas, Machado foi acometido por uma de suas piores crises intestinais, com complicações para sua frágil visão. Os médicos recomendaram três meses de descanso em Petrópolis. Sem poder ler nem redigir, ditou grande parte do romance para a esposa, Carolina.
6. Graciliano Ramos era ateu convicto, mas tinha uma Bíblia na cabeceira só para apreciar os ensinamentos e os elementos de retórica. Por insistência da sogra, casou na igreja com Maria Augusta, católica fervorosa, mas exigiu que a cerimônia ficasse restrita aos pais do casal. No segundo casamento, com Heloísa, evitou transtornos: casou logo no religioso.
7. Aluísio de Azevedo tinha o hábito de, antes de escrever seus romances, desenhar e pintar, sobre papelão, as personagens principais, mantendo-as em sua mesa de trabalho, enquanto escrevia.
8. José Lins do Rego era fanático por futebol. Foi diretor do Flamengo, do Rio, e chegou a chefiar a delegação brasileira no Campeonato Sul-Americano, em 1953.
9. Aos dezessete anos, Carlos Drummond de Andrade foi expulso do Colégio Anchieta, em Nova Friburgo (RJ), depois de um desentendimento com o professor de português. Imitava com perfeição a assinatura dos outros. Falsificou a do chefe durante anos para lhe poupar trabalho. Ninguém notou. Tinha a mania de picotar papel e tecidos. “Se não fizer isso, saio matando gente pela rua”. Estraçalhou uma camisa nova em folha do neto. “Experimentei, ficou apertada, achei que tinha comprado o número errado. Mas não se impressione, amanhã lhe dou outra igualzinha.”
10. Numa das viagens a Portugal, Cecília Meireles marcou um encontro com o poeta Fernando Pessoa no café A Brasileira, em Lisboa. Sentou-se ao meio-dia e esperou em vão até as duas horas da tarde. Decepcionada, voltou para o hotel, onde recebeu um livro autografado pelo autor lusitano. Junto com o exemplar, a explicação para o “furo”: Fernando Pessoa tinha lido seu horóscopo pela manhã e concluído que não era um bom dia para o encontro.
11. Érico Veríssimo era quase tão taciturno quanto o filho Luís Fernando, também escritor. Numa viagem de trem a Cruz Alta, Érico fez uma pergunta que o filho respondeu quatro horas depois, quando chegavam à estação final.
12. Clarice Lispector era solitária e tinha crises de insônia. Ligava para os amigos e dizia coisas perturbadoras. Imprevisível, era comum ser convidada para jantar e ir embora antes de a comida ser servida.
13. Monteiro Lobato adorava café com farinha de milho, rapadura e içá torrado (a bolinha traseira da formiga tanajura), além de Biotônico Fontoura. “Para ele, era licor”, diverte-se Joyce, a neta do escritor. Também tinha mania de consertar tudo. “Mas para arrumar uma coisa, sempre quebrava outra.”
14. Manuel Bandeira sempre se gabou de um encontro com Machado de Assis, aos dez anos, numa viagem de trem. Puxou conversa: “O senhor gosta de Camões?” Bandeira recitou uma oitava de Os Lusíadas que o mestre não lembrava. Na velhice, confessou: era mentira. Tinha inventado a história para impressionar os amigos.
15. Fernando Sabino foi escoteiro dos nove aos treze anos. Nadador do Minas Tênis Clube, ganhou o título de campeão mineiro em 1939, no estilo costas.
16. Guimarães Rosa, médico recém-formado, trabalhou em lugarejos que não constavam no mapa. Cavalgava a noite inteira para atender a pacientes que viviam em longínquas fazendas. As consultas eram pagas com bolo, pudim, galinha e ovos. Sentia-se culpado quando os pacientes morriam. Acabou abandonando a profissão. “Não tinha vocação. Quase desmaiava ao ver sangue”, conta Agnes, a filha mais nova.
17. Mário de Andrade provocava ciúmes no antropólogo Lévi-Strauss porque era muito amigo da mulher dele, Dina. Só depois da morte de Mário, o francês descobriu que se preocupava em vão. O escritor era homossexual.
18. Vinicius de Moraes, casado com Lila Bosco, no início dos anos 50, morava num minúsculo apartamento em Copacabana. Não tinha geladeira. Para aguentar o calor, chupava uma bala de hortelã e, em seguida, bebia um copo de água para ter sensação refrescante na boca.
19. José Lins do Rego foi o primeiro a quebrar as regras na ABL, em 1955. Em vez de elogiar o antecessor, como de costume, disse que Ataulfo de Paiva não poderia ter ocupado a cadeira por faltar-lhe vocação.
20. Rodaram o videoteipe para confirmar a validade de um lance contra o seu Fluminense. Foi unanimidade: pênalti claro. Nelson Rodrigues gritou: “Câmera em mim! Se o videoteipe diz que foi pênalti, pior para ele. O videoteipe é burro! E é só o que tenho a dizer.”
21. Para agradar ao poeta, Chico Buarque “escalou” um jogador do Náutico na Seleção Brasileira, de brincadeirinha. João Cabral de Melo Neto agradeceu a homenagem, com uma ressalva: “Meu time é o América do Recife”.
22. Castro Alves morreu com apenas 24 anos, nasceu em 1847 e veio a falecer em 1871.
23. J.K Roling (Escritora de Harry Potter) começou a escrever seu primeiro livro, Harry Potter e a Pedra Filosofal, em guardanapos em um bar que frequentava, e ao terminar o livro ficou com uma terrível dúvida: escolher se comprava leite para sua filha ou mandava seu livro pra editora, hoje ela é milionária!
24. Jorge Amado para autorizar a adaptação de Gabriela para a tevê, impôs que o papel principal fosse dado a Sônia Braga. “Por quê?”, perguntavam os jornalistas, Jorge respondeu: “O motivo é simples: nós somos amantes.” Ficou todo mundo de boca aberta. O clima ficou mais pesado quando Sônia apareceu. Mas ele se levantou e, muito formal, disse: “Muito prazer, encantado.” Era piada. Os dois nem se conheciam até então.
25 – Há quem defenda que Franz Kafka, autor de “A metamorfose”, tenha inventado o capacete de segurança civil, quando trabalhava no Instituto de Seguros e Acidentes de Trabalho da Boêmia, apesar de não haver certeza se ele inventou mesmo o objeto ou só defendeu o seu uso generalizado.
26 – “O Hobbit”, obra do grande JRR Tolkien, foi proibida na Alemanha nazista depois que um oficial do governo alemão entrou em contato com o autor britânico em 1937 para saber se ele era judeu e recebeu a seguinte resposta: “Lamento dizer que não tenho ancestrais pertencentes a este povo tão bem dotado”. Há uma coincidência curiosa em um dos seus livros, partamos desse trecho:
“Três anéis para os Reis Elfos sob este céu, Sete para os Senhores Anões em seus rochosos corredores, Nove para os Reis dos Homens fadados ao eterno sono, Um para o Senhor do Escuro em seu escuro trono.”
Se invertermos a ordem dos números correspondentes à quantidade de anéis, teremos 1, 9, 7 e 3, ou, se preferirem, 1973, ano da morte de Tolkien.
maldemontano.wordpress.com
Fonte Literatura Brasileira
Machado de Assis Franz Kafka
“Mania é coisa que a gente tem, mas não sabe o porquê…” Herivelto Martins. Li essas curiosidades e remeti meus pensamentos a essa música. Gostei de poder entrar um pouco na intimidade de autores consagrados. Com Aluísio de Azevedo desenhando seus personagens, percebi o quanto rica era a cabeça daquele gênio, pois só com toda história, em detalhes, na cabeça é que se define a imensa quantidade de personagens dentro de um enredo. Esses imortais nos fazem viajar em seus escritos. Parabéns!
É bom analisar as curiosidades de pessoas que marcaram uma época. Gostei muito do texto sobre “Curiosidade sobre escritores”. Cada pessoa traz em suas vidas, reflexos de ensinamentos recebidos durante a infância, que refletem anos adiante. Como ilustração, contribuo com curiosidades sobre os seguintes personagens:
Roberto Carlos tem obsessão pelas cores branco e azul, paixão por flores, conversar com as plantas, tomar banho só com sabonete de glicerina, não usar perfume, não pronunciar as palavras mal e azar, esquecer o número 13 e odiar (também) as cores preto e roxo.
Cazuza compôs a música Codinome Beija-Flor enquanto estava deitado em uma maca de hospital e confundiu uma andorinha com um beija-flor. Ele chegou pensar em mudar o nome para Codinome-Andorinha, nunca levou a idéia adiante.
Tom Jobim foi compositor, cantor, maestro, pianista e violinista, porém seu primeiro emprego foi de vendedor de churros.
Carlos Drummond em Belo Horizonte, junto com os amigos, chegou a tocar fogo em um bonde. Dizia que era um menino vadio, mas que, com o tempo, ele acabou perdendo essa natureza anárquica.
Erico Veríssimo descende de família gaúcha tradicional, mas falida. Por causa das dificuldades financeiras, não conseguiu terminar o curso secundário. Mas, leitor compulsivo que era, tornou-se um dos maiores escritores da moderna ficção brasileira
Nelson Rodrigues teve seu pessimismo diante da vida e da alma humana, presença marcante em sua obra, como herança de suas próprias experiências. Perdeu um irmão assassinado, outro em um desabamento de um prédio e um outro de tuberculose. Teve uma filha cega, surda e muda. E viu o filho mais velho, Nelsinho, ser perseguido e preso durante a Ditadura de 1964.
Machado de Assis não era extremamente pobre nem gago, não tinha sífilis nem sofria de epilepsia. Segundo os críticos Jean Michel Massa e Valentin Facioli, não passam de mitos essas histórias contadas sobre o maior escritor brasileiro e um dos maiores da América Latina. Suas obras se caracterizam pela ironia refinada e por um pessimismo diante da natureza humana.
Obrigado por mais um leque de conhecimentos e até o próximo comentário.
Adorei seu site!!!!! estão de parabéns.. Sou estudante de História e os Bastidores sempre me instigam… coisas de historiadora apaixonada, sempre querendo saber um pouquinho mais …. abraços!!!!!
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Graciliano Ramos foi descoberto para a literatura a partir dos relatórios que enviava ao Governo do Estado de Alagoas, quando era prefeito de Palmares dos Índios. Os relatórios chamaram atenção para seu modo literário de escrever.
“Memórias do Cárcere” retrata os 10 meses que passou na prisão, em Ilha Grande, no Rio de Janeiro. O livro teve sua versão para o cinema, um filme de Nelson Pereira, em 1984.
Graciliano Ramos tinha predileção pelas narrativas em primeira pessoa.
Grande parte de sua obra foi renegada por ele mesmo que muitas vezes apelava para pseudônimo.
Foi comerciante de tecidos.
Cuidava de quatro filhos do primeiro casamento com Maria Augusta Barros, de quem ficou viúvo em 1920. Casou-se em 1928 com Heloísa Madeiros.
Como ficou lindo o Blog do Bollog! Parabéns! Com certeza, muito trabalho e muito carinho em cada detalhe…
Matéria muito, muito interessante: como é bom ter em mente que as pessoas que realizaram ou realizam um trabalho maravilhoso são pessoas comuns, com características próximas às nossas e com “defeitos e virtudes”, “transtornos e normalidades”… e são admirados e valorizados independentemente disso!
A gente se sente mais “normal”!
Gostei muitíssimo de descobrir cada particularidade…
Obrigada, Bollog, por cada nova informação!
Assistindo ao filme “Noel – Poeta da Vila”, fiquei emocionado em ver os personagens interpretando grandes nomes da MPB: Noel Rosa, Cartola, Mário Lago, Ataúlfo Alves, Araci de Almeida, Wilson Simonal, entre outros. Estava entrando no mundo deles e vendo como viviam com seus “defeitos e virtudes”, como bem disse Gisele. O filme é lindo, do começo ao fim, apesar de trágico expõe a história do grande poeta.
Digo isso, pois é assim que me vejo lendo essas curiosidades: bisbilhotando.
Gostaria de aproveitar o blog para homenagear o pai de personagens, tais como, Bentinho, Capitu, Brás Cubas, dentre outros.
Depois dos 100 anos de sua morte, Machado de Assis continua a ser um clássico literário pela qualidade de sua narrativa, a complexidade na construção dos conflitos abordados e a força de suas ideias, muitas delas carregadas de ironia.
Ele em sua época era popular, embora hoje seja considerado também erudito.
Num período escravocrata, tornou-se admirado e respeitado em todos os meios, inclusive em todos os salões da corte.
Ele contou muitas histórias que ajudaram a compor o perfil do brasileiro.
Contribui sobremaneira para a formação de milhões de leitores no Brasil e no mundo.
É muito admirado em outros países, não só de língua portuguesa.
É o fundador da Academia Brasileira de Letras.
Adorei a nova cara do Blog. Muito linda. Cada detalhe pensado com muito amor nos leitores.
Esta matéria sobre escritores ficou um show. Muito interesante sabermos um pouco da vida e curiosidades de cada escritor.
Interessante também o comentário de Jodinaldo que agregou muito a este post.
Escrever é uma arte e um dom maravilhoso.
Parabéns a você, Cal, que escreve tão lindamente.
Como bom pernambucano, puxarei a brasa para minha sardinha.
Gilberto Freyre é considerado um dos maiores sociólogos do Brasil.
A família descende da Península Ibérica com uma mescla ameríndia.
Logo cedo, teve seu primeiro contato com a literatura por meio de As Viagens de Gulliver. Todavia, apesar de seu interesse, não conseguiu aprender a escrever. Nutria o gosto por desenhar, então os pais o colocam para tomar aulas particulares com o pintor Telles Júnior, que reclama contra sua insistência em deformar os modelos. Começa a aprender a ler e escrever em inglês com Mr. Williams, que elogia seus desenhos.
Dos muitos livros do autor, destaco Casa-Grande & Senzala, Sobrados e Mucambos; e Brasis, Brasil e Brasília.
Ganhou vários prêmios. Cito alguns deles: Prêmio da Sociedade Filipe d’Oliveira, Rio, 1934; Prêmio Anisfield-Wolf, USA, 1957; Prêmio de Excelência Literária, da Academia Paulista de Letras, 1961; Prêmio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras (conjunto de obras), 1962; Prêmio Moinho Santista de “Ciências Sociais em Geral”, 1964
Prêmio Aspen, do Instituto Aspen, USA, 1967; e Prêmio Internacional La Madonnina, Itália, 1969.
Freyre foi professor na Universidade de Stanford. Cursou Artes no Texas e fez a pós-graduação em Colúmbia. Mas foi em Portugal que ele teve a ideia de escrever sua obra-prima, Casa-Grande & Senzala e depois em Stanford ele elaborou as bases do seu grande livro.
Não posso esquecer de citar que os originais de “Casa-Grande & Senzala” foram datilografados pelo artista plástico Luís Jardim.
Quem lê vai mais longe.
legal conhecer algumas curiosidades sobre esses grandes escritores… que têm manias como qualquer pessoa comum!!!
Cavalcanti:
Eu procurei belt no google tradutor e vi que o cinto. Louis Vuitton é aquela grife caríssima, não?
Isso é um nome ou um “atestado de consumismo materno”?
Eu vou pesquisar Louis Vuitton também… Ah! Eu conheci um menininho que se chamava Mike Tyson. Mães da Jovem Guarda tinham “Ronnie Von”, “Roberto Carlos”… Mães “Geração Coca-cola” tinham “Renatos” e Mães 1960 tinham “Pauls”, “Ringos” e “Elvis”…
Olha: uma sugest�o para uma outra história! Só não vai poder falar de Mães “fashion”, para não ofender seu amigo!
Já percebeu que quero te encher de trabalho?
E, claro, aguardo Fernando Pessoa.
E, claro, estou brincando. Não sou mandona assim!
Fique com Deus!
Gisele
Cavalcanti:
Olha só:
A “Louis Vuitton” é uma empresa especializada na produção de bolsas e malas de viagens, feitas em couro e lona, bem como na sua comercialização. Produz e vende também vestuário, sapatos, relógios, joias, acessórios, óculos de sol e livros. Concorre com Versace , Gucci , Chanel , Prada , Armani , Dolce & Gabbana , Christian Dior , Calvin Klein , Yves Saint Laurent e outras marcas de luxo.
É uma das principais empresas da holding LVMH sediada em Paris, França. A empresa tem como diretor artístico o fashion designer Marc Jacobs. Louis Vuitton também utiliza figuras proeminentes em suas campanhas (mais notavelmente a supermodelo Gisele Bündchen, a atriz Uma Thurman e o ex-atleta Pelé).
A mãe dele é “Fashion Radical Chic” – existe?
Chega de te alugar…
Eu vou te dar folga, viu?
Gisele
Cavalcanti:
Passei para dizer que eu brinquei com o “Belt”. Desculpe. Não foi para te magoar.
Eu escrevi e depois “caiu a ficha”. Eu não tenho que ficar falando do nome dele. Foi uma brincadeira inconveniente.
Desculpe, mais uma vez!
Gisele