Felicidade
FELICIDADE
Se pudesse…
Eu a congelaria para apreciá-la qual sorvete a qualquer tempo
Eu a prenderia com grilhões para tê-la sempre atada a meu cantinho
Eu a cortaria em pedaços infinitesimais para saboreá-los uma a um a cada poente
Eu a compartilharia generosamente com carentes e desafortunados
Eu cortaria suas asas para que não fugisse nunca mais do viés do meu entorno
Eu a penduraria com neon na fachada do meu olhar
Eu a exibiria no passeio aos transeuntes, presa a meu calcanhar
E a liquidificaria para servir qual remédio e assim sarar a dor do coração abandonado.
A felicidade plena, a meu ver, é um estado especial de graça que só é alcançado por uma minoria, e que apenas alguns privilegiados chegam a tocá-la, ou chegam a tê-la consigo de uma forma ampla, porque são ricos ou abastados, ou porque nasceram num berço de ouro, ou ainda numa família de história milenar, de sangue azul, tornando-se herdeiros de riquezas materiais abundantes, e que por isso também “herdam” a felicidade.
Concordo com sua brincadeira poética de “tomá-la qual sorvete a cada poente” de tão gostosa e inatingível que ela parece ser.
Acho que é uma meta a ser alcançada, por isso que todos a buscam, embora não seja estritamente fundamental para sermos felizes.
Acho que para ser feliz é necessário que sejamos gratos a tudo que já temos, gostar da gente, se importar com o próximo, fazer o bem e, acima de tudo, ser verdadeiro. Agindo assim você enfrentará muitos problemas de relacionamento, mas sempre quando olhar para trás verá que fez o certo. Estar feliz é você se enxergar no contexto e perceber que por aonde passou fez o seu melhor, somou mais. Na vida você pode ter momentos de alegria, tristeza, perdas, ganhos, angústia e solidão que também fazem parte do composto universo da felicidade. A felicidade está para todos e o primeiro passo para alcançá-la é querer ser feliz com você mesmo. E como diz na canção: “… eu era feliz e não sabia…” é importante saber que a felicidade é o resultado final de um período de nossa vida, quando nele percebemos que os momentos alegres foram bem superiores aos de dificuldades.
Belo texto e que lembrou uma poesia de Galvão Filho, poeta Potiguar: “…tal ave de gaiola, que ver a porta aberta, tem receio de voar…” O amor verdadeiro é o que liberta.
Felicidade é uma cidade pequenina, uma casinha, uma colina, qq lugar que se ilumina, quando a gente quer amar…
A Felicidade cada um define como quer e sente, mesmo que seja por pouco tempo ela existe na vida de cada um de uma maneira diferente, basta saber olhar.
Busquemos cada vez mais a felicidade, pois ela está sempre ao nosso alcance, basta querer.
Vinícius de Moraes e Tom Jobim bem que declararam:
“Tristeza não tem fim, felicidade sim…
A felicidade é como a gota
De orvalho numa pétala de flor
Brilha tranquila
Depois de leve oscila
E cai como uma lágrima de amor …”
Eles, assim como você, também falam dessa efemeridade desse sentimento tão desejado.
Escutem a interpretação impecável do jovem violonista japonês Soichi Maraji.
Li e reli. Repeti. E fiz isso várias vezes!
Que linda!
Felicidade não se pode forçar. Felicidade é fugaz. Mas é quando queremos dividi-la que realmente a encontramos!
Obrigada. Sua poesia me deixou feliz!
Felicidade para o mundo inteiro!
Ela não tem sobrenome
como se fosse própria!
Ela não se esconde
como se fosse imprópria!
ela não o escolhe
como se dela fosse própria!
Mas não se engane, nas mãos
de TIRANOS ela se torna mundialmente imprópia!!!!!
Para mim felicidade é estado de espírito, tem dias que acordamos e vamos dormir com o mesmo entusiamo. Nesses dias sorrimos mais, compreendemos mais, falamos mais, nos importamos mais e até uma topada nos alegra. Rimos de tudo, parece que tomamos uma vacina contra o mau humor, ficamos embriagados de afeto e mais receptivos a novas amizades. Geralmente, esses dias são mais comuns quando estamos apaixonados por alguém, por nós e pela vida. Devemos aprender a viver felizes com nós mesmos para que felicidade se torne uma constante em nossa vida. Viva a Vida! Viva a alegria de viver!
Falar da Felicidade me fez lembrar uma música famosa:
Tristeza não tem fim
Felicidade sim
A felicidade é como a pluma
Que o vento vai levando pelo ar
Voa tão leve
Mas tem a vida breve
Precisa que haja vento sem parar
A felicidade do pobre parece
A grande ilusão do carnaval
A gente trabalha o ano inteiro
Por um momento de sonho
Pra fazer a fantasia
De rei ou de pirata ou jardineira
Pra tudo se acabar na quarta-feira
Tristeza não tem fim
Felicidade sim
A felicidade é como a gota
De orvalho numa pétala de flor
Brilha tranqüila
Depois de leve oscila
E cai como uma lágrima de amor
A felicidade é uma coisa boa
E tão delicada também
Tem flores e amores
De todas as cores
Tem ninhos de passarinhos
Tudo de bom ela tem
E é por ela ser assim tão delicada
Que eu trato dela sempre muito bem
Tristeza não tem fim
Felicidade sim
A minha felicidade está sonhando
Nos olhos da minha namorada
É como esta noite, passando, passando
Em busca da madrugada
Falem baixo, por favor
Pra que ela acorde alegre com o dia
Oferecendo beijos de amor
Boa Noite
Mario Carlos Fernandez.
Poesia é momento. O poeta expõe seus sentimentos em toda nova inspiração. Achei esse poema rico no desejo de perpetuar a magia da felicidade. Como seria mais fácil se tudo fosse adquirido já envasado e a preços populares.
Certa vez um empresário rico foi conversar com um pescador, que sempre se mostrava feliz, e lhe perguntou como era a vida de homem do mar. O pescador, sorrindo, lhe disse que eram seis meses de fartura em peixe e seis meses de pouca pesca. Quando o empresário opinou que seria melhor se os doze meses fossem de muita pesca, o pescador, balançando a cabeça de forma negativa, disse: – E quando vamos pensar em Deus? Falar com Deus? Pedir a Deus?
Acho que esse conto sintetiza a felicidade, quando o bom pescador enxerga que tudo na vida tem um propósito e que devemos ser grato por isso.
Estou estudando Freud na faculdade e ele conceitua muito bem a origem desse nosso desejo tão sonhado.
“A afirmação freudiana que diz que “o mundo é movido pela fome e pelo amor” também traz sérias consequências práticas, para além da biologia, da psicologia, da política, etc. Somente um pensamento complexo que está por ser inventado poderá dar conta dessa questão. Evidentemente, o sujeito humano sempre buscou, para si e para todos, primeiro, a sobrevivência física e, depois, a realização de alguns projetos para além da necessidade, representados pelos sonhos, a arte e os projetos políticos utópicos. Entretanto, é preciso reconhecer que é na dimensão onírica que o desejo se realiza, por meio do disfarce. Só assim ele pode ser feliz. Porque, na dimensão concreta da realidade, jamais o sujeito poderá conquistar a felicidade. A realidade do mundo, dos acontecimentos e dos fatos, sempre frustra nossa capacidade desejante de preenchimento ou a sensação de ser feliz.
Portanto, não podemos associar a satisfação das necessidades com a felicidade.”