Máscara Negra
MARCHINHAS DE CARNAVAL
MÁSCARA NEGRA
Zé Kéti e Milton Matos
Quanto riso! Oh! quanta alegria!
Mais de mil palhaços no salão.
Arlequim está chorando
Pelo amor da Colombina
No meio da multidão.
Foi bom te ver outra vez,
Está fazendo um ano,
Foi no carnaval que passou.
Eu sou aquele Pierrô
Que te abraçou e te beijou meu amor.
Na mesma máscara negra
Que esconde o teu rosto
Eu quero matar a saudade.
Vou beijar-te agora,
Não me leve a mal:
Hoje é carnaval.
Carnaval é sinônimo de alegria. As pessoas parecem movidas por uma felicidade sem igual.
É tanta festa, com sorrisos nos rostos, que o clima fica propício para espantar qualquer má fase da vida amorosa. Entre confetes e serpentinas, não é difícil descolar um amor de carnaval num baile de fantasia ou mesmo na folia de rua, puxada por um bloco ou por um trio elétrico.
É até difícil encontrar alguém que ainda não tenha vivido uma emoção assim, bem parecida ao que aconteceu com o Arlequim e a Colombina.
Por isso que a letra desta música toca o coração de tanta gente, pois ela narra a cena do reencontro de dois enamorados de uma linda emoção vivida no calor da euforia do ano que passou.
“Quanto riso!! Oh! Quanta alegria! Mais de mil palhaços no salão.”
Mil palhaços no salão traduz a feição desta tradicional festa popular, hoje considerada uma manifestação tipicamente brasileira.
As pessoas se vestem com cores alegres, pintam-se, mascaram-se e fazem graça, como se fossem palhaços no picadeiro, a soltar gargalhadas e risos.
– “Eu sou aquele Pierrô”! O Pierrô é um personagem das comédias, que faz um tipo lunático, triste e apaixonado.
Em meio a tantas pinturas, um rosto se destaca: aquele que indisfarçavelmente chora, demonstrando o quanto os amantes choram quando perdem um grande amor ou quando dele se despedem.
Mas a alegria do reencontro é gratificante.
No mesmo local, na mesma máscara, a Colombina se apresenta para encher de emoção a expressão de choro do Arlequim, mudando o seu semblante.
“Foi bom te ver outra vez/Está fazendo um ano/Foi no carnaval que passou/Eu sou aquele Pierrô/Que te abraçou e te beijou, meu amor”.
Mesmo debaixo do disfarce, a Colombina é reconhecida, porque o amor tem um identificador de grande sensibilidade, como estes modernos sensores tecnológicos.
Como o Carnaval é uma festa na qual as regras sociais são desconsideradas ou quebradas, roubar um beijo da Colombina é algo perdoável, principalmente quando você tem diante do rosto tão receptivos lábios.
Por isso, o Arlequim logo se desculpa:
“Vou beijar-te agora/Não me leve a mal/Hoje é Carnaval”.
As marchinhas de Carnaval são famosas.
Muitos compositores contribuíram para compor estes sucessos carnavalescos.
A primeira marcha foi a composição de 1899, criada por Chiquinha Gonzaga, intitulada Ó Abre Alas.
As músicas de Carnaval tiveram compositores do quilate de João de Barros, Noel Rosa, Ary Barroso, Lamartine Babo, Mário Lago, Chico Buarque, Caetano, Moraes Moreira e outras tantos.
Vozes famosas embalaram os foliões, tais como: Carmen Miranda, Emilinha Borba, Dalva de Oliveira, Silvio Caldas, Daniela Mércury, Ivete Sangalo, Claudia Leitte e muitas outras estrelas.
As marchinhas têm a função de embalar, com facilidade, os foliões, seja no clube, nas ruas, nas praças e até mesmo nos pequenos espaços de dentro de nossas casas. Basta alguém iniciar um refrão que logo se junta um coro para encher os ambientes de música contagiante. Lembro do último apresentador que melhor promoveu as marchinhas de carnaval: o Chacrinha, o velho guerreiro, com suas tiradas bem humoradas. Viva a folia de momo!!!!!
A música fala de amor, que o que move os corações de homens e mulheres.
Reencontrar a pessoa querida, movido por uma música inesquecível.
Viva o amor!
O carnaval é uma festa brasileira, ninguém comemora com mais alegria e intensidade do que o Brasil.
Vi recentemente na tv um programa contando a história do trio elétrico e achei super interessante.
O desfile das escolas de samba, que é um espetáculo sem igual no mundo e que a cada ano nos surpreende mais e mais, é lindo de se ver.
Em São Luís do Paraitinga as marchinhas de carnaval têm concurso todo ano e a festa por lá é à moda antiga com muitos bonecos e marchinhas, é o carnaval de rua.
A linda “Máscara negra” ficará para sempre nas lembranças de carnaval de todos, assim como muitas outras que marcarão presença a cada novo carnaval.
Parabéns pela linda interpretação.
Máscara Negra (com a Dalva de Oliveira, é claro!) é a mais linda de todas, mas quero deixar aqui refrões memoráveis:
“Ó abre Alas
Que eu quero passar”
de Chiquinha Gonzaga, que já foi citada aqui;
“Allah-la-ô
Mas que calor, ô ô ô
atravessamos o deserto do Saara
O Sol estava quente e queimou a nossa cara”
de Antônio Gabriel Nássara;
“Olha a cabeleira do Zezé!
Será que ele é? Será que ele é?
Será que ele é bossa nova?
Será que ele é Maomé?
Parece que é transviado, mas isso eu não sei se ele é
Corta o cabelo, corta o cabelo dele”
de João Roberto Kelly e Roberto Faissal;
“Oh! Jardineira por que estás tão triste
Mas o que foi que te aconteceu?
Foi a Camélia que caiu do galho
Deu dois suspiros e depois morreu”
de Benedito Lacerda e Humberto Porto;
“Chiquita bacana lá da Martinica
Se veste com uma
Casca de banana nanica”
de João de Barros, o Braguinha;
“Mamãe eu quero, mamãe eu quero
Mamãe eu quero mamar
Dá a chupeta, dá a chupeta
Dá a chupeta pro bebê não chorar”
de José Luís Rodrigues, “o Jararaca”;
“O teu cabelo não nega mulata
Porque és mulata na cor
Mas como a cor não pega mulata
Mulata eu quero o teu amor”
de Lamartine Babo.
O carnaval brasileiro passou por várias fases. Nos carnavais de outrora, os foliões se encontravam num baile de clube ou mesmo na folia de rua e se fantasiavam como palhaços, bem parecidos ao que aconteceu com o Pierrô e a Colombina. Nos carnavais de agora, os carnavalescos, de protagonista passaram a meros expectadores, diante das alegorias monumentais, com seus movimentos que encantam o mundo, tudo proporcionado pela televisão e pela tecnologia. A capital baiana comemorava o carnaval de forma tranquila até que em 1950. Naquela época, um Clube Carnavalesco foi convidado para se apresentar pelas ruas de Salvador. Ao entrar na avenida ao som de frevo, a cidade se transformou. A população começou a seguir a banda e a cada novo frevo, os foliões ficavam mais entusiasmados e a algazarra virou confusão. A multidão começou a atropelar tudo que via pela frente, inclusive os integrantes da banda que foram obrigados a se refugiar no palácio do Governo. Aquela banda não fazia ideia de que aquela apresentação improvisada fosse a inspiração do carnaval baiano que se conhece hoje, onde os foliões passam a ser seguidores de um show de palco ambulante.
Na praia, terça feira de momo, andava ao encontro do som de bandas de sopros que alegravam os foliões em um clube. Um grupo de garotas, que seguia a mesma direção, me pediu para acompanhá-las, visto que elas comigo se sentiriam mais seguras. Entre elas, uma me pegou pela mão e me puxou para seu lado. Fui conduzido pela a alegria das foliãs e me esbaldei no ritmo das belas marchinhas de carnaval. De braços dados os casais se movimentavam em círculos e só quando havia uma aceleração do ritmo é que pulávamos até o fim da música. Pulei, beijei, dancei, gritei, beijei e, entre maisenas, confetes, talcos e bebidas, ficamos tão felizes que nos despedimos sem trocar contatos. Não tive a sorte do Arlequim, que encontrou novamente a sua colombina, mas, não nego que foi inesquecível aquele amor de carnaval.
Nada más colorido y fantástico que el carnaval brasileiro, e a beleza incomparável das mulheres brasileiras……
Mais de dez blocos carnavalescos desfilaram por todo o município de Mangaratiba nesta segunda-feira.
Após um domingo de muita agitação e alegria com o desfile do maior desfile marítimo do estado, o Carnamar, os foliões puderam conferir nesta segunda-feira, dia 11, em Itacuruçá, o bloco mais antigo e consagrado da região, o Bloco do Carvão. O grupo percorreu ruas estratégicas, facilitando a circulação da entrada da cidade. Guardas Municipais também auxiliaram nos desfiles.
Em Muriqui, o dia também foi agitado, com os desfiles dos blocos Piranhas, Pererecas Ativas e Pinto Cansado, Embalos da Rosinha, Turma do Barato Estranho e Do Bigode. Na Praia do Saco, os blocos Vem que Tem e Vovó Piranha agitou os foliões. Em Conceição de Jacareí a animação ficou por conta do estreante Plays Bibas. Em Ibicuí, moradores e visitantes do município desfrutaram do Bloco do Burro. No Centro de Mangaratiba, os foliões se animaram com Morro do Cristo e Quem pode…
A expressão dos foliões era de pura alegria, energia e animação. Para Carine Tavares, moradora de Nova Iguaçu, é impossível não passar o carnaval em Mangaratiba. “Me esbaldo todo ano. A festa aqui é realmente linda e muito animada”. A Festa de Momo continua nesta terça, 12, com desfiles em todo o município.