Aplicativo Free – Sons da Maquina de Escrever
GRAFIA DE TIPOS
A agência do Jornal New York Times fez uma brincadeira com sua equipe de redatores. A ideia era simular um retorno aos velhos tempos em que uma redação de jornal era caracterizada pelo cheiro forte de tinta e pelo inconfundível barulho das máquinas de datilografar.
A matéria que está hoje nas redes sociais me reportou aos meus 10 anos, na década de 70. Morava numa pequena cidade e foi ali que tive o primeiro contato com a máquina de datilografar.
Meu pai tinha muito ciúmes daquela curiosa ferramenta de trabalho. Recordo-me de estar sempre me acercando ao birô em que ele trabalhava na sua Remington, preenchendo os formulários das declarações de renda daqueles amigos ou conhecidos que tinham dificuldade em comprovar a origem dos seus ganhos, gastos, aquisições, vendas e outras movimentações financeiras.
Meu velho era muito trabalhador e, além de trabalhar nos Correios e Telégrafos, também corria nas fazendas para vacinar o gado ou para realizar outros simples procedimentos nos rebanhos.
Aproveitando-me de suas ausências por exercer tantas atividades, comecei a me familiarizar com aquele instrumento mecânico que, quando eu premia as teclas, logo surgia a impressão dos caracteres no papel. Aquilo me causou uma paixão pelas letras.
Com o meu interesse, meu pai me colocou para cursar datilografia. Ele, que “catava milho”, queria que eu fosse um exímio datilógrafo. Isto se deu com três meses de curso, graças à maestria de ensinar de Martha de Lourdes, que era a melhor professora de Santa Cruz do Inharé.
Já em Natal, fiz o curso de máquinas elétricas, o que já era um avanço em relação às máquinas mecânicas.
Embora representasse um grande avanço, o primeiro curso na Underwood nº 5 nunca esqueci. Aos poucos, fui me dando conta como era indispensável para se conseguir um emprego naqueles tempos.
Já mais velho, fiz o curso de Administração. Para o desempenho da função, lá estava novamente a máquina de datilografar no meu caminho. Isto me facilitou a vida por ter na bagagem todos os traquejos e uma velocidade invejável para digitar com todos os dedos, sem olhar para o teclado.
Hoje já não tenho a mesma rapidez, mas na época era capaz de bater qualquer um. Meu recorde era de 120 palavras por minuto, o que hoje não deve representar muito, pois existem diversos jogos gratuitos na Internet para ajudar a aumentar a velocidade, tais como: TypeRacer e Qwerty Warriors 2.
Minha relação com a invenção do inglês Henry Mill foi sempre de amor. Prova disso é que não economizei dinheiro quando pintou na minha frente uma Royal das antigas. Adquiri sem pestanejar e até hoje guardo a relíquia com carinho.
A partir dos anos 90, a máquina foi desaparecendo e não tardou muito para que a indústria parasse sua fabricação.
Hoje o equipamento é algo completamente ultrapassado. O computador a substituiu plenamente e ninguém de bom senso trocaria um PC por uma máquina de escrever. Ela hoje faz parte da história, tendo representado muito nos 150 anos em que foi a vedete das redações dos grandes jornais e revistas ao redor do mundo.
Pegando carona na brincadeira do prestigiado jornal americano, Tom Hanks, quase um sessentão, compartilhou no Twitter a alegria da descoberta de um aplicativo de graça que simula os sons de uma máquina de escrever.
O achado do saudosista ator de Forrest Gump passou a vício, principalmente porque agora ele digita mais porque também escreve roteiros, além de dirigir filmes.
Pelo visto, o barato não só mexeu com os jovens colunistas do New York Times, a coisa está se tornando uma mania em tablets e celulares, mesmo entre aqueles que nunca usaram uma máquina de escrever.
Gostei desse texto, ele me fez lembrar muito minha história em relação a “máquina de seu pai”, pois o meu também tinha muito ciúmes da máquina dele. Comprei uma com meu salário desemprego e datilografei muito, adorava, pois me fazia esquecer que estava desempregada…
Bela homenagem ao nosso pai que muitas vezes recebia o pagamento de seus serviços com galinhas, sacas de milho ou outro alimento da cultura de subsistência.
Bem perto de nossa casa no Bairro da Candelária, Natal, havia uma senhora que usava a garagem de sua casa para dar aulas de datilografia. Acho que quase todos os meus irmãos passaram pela mãos da conceituada professora; Lembro que no meu primeiro dia fiquei teclando a, s, d, f, g repetitivamente e já me achava o máximo quando sentou do meu lado sua filha, bem mais nova que eu, escreve um texto numa rapidez impressionante e sem olhar para as teclas. Fui aprovado e recebi o diploma, mas confesso que nunca pude chegar, nem de longe, no nível daquela garotinha. A professora sempre dizia que em datilografia a prática era fundamental para imprimir velocidade. Recordo que ela não nos deixava usar corretivo para consertar nossos erros e justificava a ação: “se ficar usando essa bengala, nunca vai sentir segurança de correr na escrita”.
O curso me foi muito útil quando no meu primeiro emprego de auxiliar contábil, contudo hoje, por indisciplina, apesar de digitar rápido, já não faço uso das técnicas de como tirar proveito de nossas habilidades manuais com os teclados.
Bela homenagem ao seu pai, também lembro-me do meu, que usava a maquina de escrever, e era um exímio datilografo, lembro tambem que fiz curso de datilografia na Escola Olivetti, aqui em Jacarei e não via a hora de chegar o horário da aula, para treinar, infelizmente hoje com a tecnologia dos teclados dos computadores, não se usa mais essas maquinas, mas graças a esses cursos, hoje consigo datilografar no meu PC, pois sem este curso jamais conseguiria datilografar com tanta rapidez.
Esse post me faz lembrar do meu curso de datilografia. A minha professora era muito exigente e cobria o teclado e tudo, para que os alunos decorassem as teclas e com isso tivessem maior rapidez.
Hoje aquela prática me serve bastante, porque eu digito sem olhar, coisa que ficou até instintiva já. Como trabalho com digitação, isso é muito bem aproveitado.
Quando fiz o curso era pequeno, a professora fazia competição com a galera, os melhores ganhavam até prêmios, além do nome ficar numa lista logo na entrada da classe.
O engraçado era os apelidos que os últimos ganhavam. O cara era xingado de cata milho, marcha lenta, come poeira e muitos outros adjetivos.
Olha ai, pra quem quer fazer concursos que exigem conhecimento de computação e rapidez na digitação, indico o HJ SOFTWARE.
Você aprende e se diverte muito. Além disso, passa naquele concurso que vai garantir seu futuro, por isso deixei um vídeo aqui.
É muito fácil mesmo e o download é grátis.
Me lembro que meu curso de datilografia foi feito em Guaratinguetá – SP –
Pasmem vocês mas ainda hoje se pode encontrar gente apaixonada por essa máquinas antigas e ainda tem repartições que usam para preencher formulários.
Vocês pensam que tudo já está informatizado?
Conheço locais da área de saúde que ainda usam carbono para fazer documentos em três ou quatro vias. Não é brincadeira, pode acreditar.
Difícil mesmo é encontrar técnicos para fazer o conserto, isso é raridade mesmo.
Nunca havia trabalhado com uma máquina de escrever, mas o barulhinho é bem legal mesmo.
Quantos avanços, e este é mais um deles. Lembro quando fiz o meu curso de datilografia em Guaratinguetá e como gostava das aulas.
Hoje essas máquinas que foram substituídas pelo PC nos deixam saudades mas nos fazem ver que o PC tem muitas vantagens que não podem ser ignoradas. Quantas vezes tínhamos que digitar tudo novamente pois não havia o recurso de apagar com facilidade e muito menos poder guardar o que havia sido digitado.
Lembro que quando iniciei meu trabalho no DCTA as máquinas de escrever eram das mais variadas e cada secretária possuía uma.
O barulho delas é realmente inesquecível e será muito gostoso voltar aos velhos tempos nem que seja por um som que ficou no tempo.
Fiz meu curso de datilografia em Guaratinguetá , bons tempos que a modernidade trocou por um teclado de computador……gostaria muito de ter uma máquina de datilografia antiga e que funcione para recordar velhos e bons tempos inclusive o som de cada tecla.
Bom Dia !
Taubaté hoje ! saio daqui as 3 da manhã….
abraço a todos aí.