São João
FOLIA DA ZÉ PATRÔ
São João bom era da Zé Patrô
Na rua milho assado, fogueira
A menina linda à namoradeira
Que o meu destino me reservô
-o-
Ali tão delicada qual uma flor
Reluzia tal uma estrela bonita
Toda rendada vestida de chita
Inda não sabia quera meu amô
-o-
Inté esqueci da hora de dançar
Os amigos vendo a tal paquera
Num olhar perdido de quimera
Tocaram sanfona a me acordar
-o-
Em riba soltaram fogos e rojão
Inda perdido o olhar na mulhé
Os foles ritmavam o arrasta-pé
Outra folia movia meu coração
-o-
Só de lembrá me dá um alegrão
É, coisa boa ninguém si isquece
A lembrança do frio me aquece
Festa boa e quente é o São João
Autor: José Maria Cavalcanti
Muito lindas, as postagens, continuo sem internet, por isso estou
muito ausente, un grande abrazo, meu grande amigo, Jose Maria.
Meu amigo, Carlos Omar Colturi, saudades!
Hum! Pipoca, quentão, pastel, canjica, bolinho caipira e tantas delicia.
Quando criança na saudosa Mangaratiba e Guaratinguetá, gostava muito de dançar a quadrilha e brincar em volta da fogueira.
Tenho o privilégio de trabalhar no DCTA onde existe a festa junina mais famosa e concorrida da cidade, uma festa muito bem organizada, bonita e rica em detalhes.
Lembro também de uma festa junina na casa do Miller, foi muito bacana, tínhamos que ir vestidos a caráter e eu e o Cal caprichamos no visual.
Quero ainda ver a festa de São João em Campina Grande pois dizem que é muito famosa.
Amei a “FOLIA DA ZÉ PATRÔ” rica em detalhes e rimas regionais.
O belo poema enaltece com riqueza as festas juninas, período em que inicia muitos namoros, visto que a paquera corre solta nesses eventos.
Em São José se destaca mesmo é o arraiá do Frederico e também é bom demais a Quermesse da Sagrada Família e da Igreja São Dimas. Nas barracas de comidas típicas tem pamonha, a pipoca, o quentão e o tradicional bolinho caipira. A diversão é garantida e as pessoas passam as noites frias do mês de junho se divertindo .
O São João não se refere apenas às festas juninas. São João foi quem batizou Jesus nas águas do Rio Jordão. Por isso ele é homenageado, usando-se a simbologia da fogueira, tradição trazida pelos portugueses para o Brasil.
Em Portugal, costuma-se soltar cinco balões para dar início aos festejos. Os fogos têm a intenção de “acordar” São João.
Aqui em São Paulo, usa-se muito as quermesses, que são festas ocorridas normalmente nos pátios das igrejas.
Há uma verdadeira disputa para ver quem realiza a melhor quermesse da cidade. O engraçado é que toda a comunidade se mobiliza para isso.
Por isso é que, a cada ano, elas se tornam mais divertidas e atrativas.
Ao ler a bela poesia fui tomado pelo saudosismo. Estávamos felizes por poder organizar uma festa só nossa e assim poder convidar todos do bairro. Arraiá do Zé Patró” foi o nome escolhido pela turma para o evento junino. Passamos noites bolando a melhor forma de realizar nosso evento e era esse o assunto que dominava as nossas reuniões noturnas. Mostramos um poder de organização que nos surpreendia a cada momento. Com trinchas e cal marcamos todo o nosso arraial: espaço do palco, do dance, das barracas e do público. A festa junina serviu de comentário na comunidade por todo um ano, e o sucesso absoluto do evento foi o responsável pela aceitação de todos da rua, inclusive de meu pai, permitindo que fossem organizadas outras edições do arraial. A cada ano, o evento tomava vulto maior e mostrava a força de minha turma de amigos. Aquele momento, todo nosso, servia como uma forma de agradecimento pelas inúmeras festas que participávamos na comunidade e para também mostrar que gostávamos de recepcionar bem os nossos amigos. Além do mais, o que mais nos orgulhava nesse evento era a certeza de poder mostrar a todos que também sabíamos fazer uma bela festa. São essas coisas que viram sementes de saudades para o amanhã.